Durante ato do Dia do Trabalhador em São Paulo, sindicatos e ministros defenderam o fim da escala 6x1, a redução da jornada de trabalho e a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil
O tradicional ato do Dia do Trabalhador, realizado nesta quinta-feira (1º) na Praça Campo de Bagatelle, Zona Norte de São Paulo, reuniu milhares de pessoas em torno de pautas trabalhistas históricas e atuais.
Entre os principais temas discutidos por centrais sindicais e ministros do governo federal, esteve o fim da escala 6x1 e a proposta de redução da jornada semanal de trabalho, sem prejuízo na remuneração dos trabalhadores.
Organizado por seis centrais — entre elas, Força Sindical, UGT e CTB — e com participação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o evento contou com a presença de ministros como Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) e Aparecida Gonçalves (Mulheres). A principal reivindicação apresentada foi o direito a mais tempo livre e melhor qualidade de vida para os trabalhadores.
“A jornada de trabalho tem que ser reduzida. Temos que ter mais tempo para descanso, para família, para estudar. Ainda mais diante dos problemas relacionados à saúde mental”, afirmou Miguel Torres, presidente da Força Sindical.
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Torres ressaltou que a aprovação de propostas como o fim da escala 6x1 depende da mobilização popular e de articulação política diante de um Congresso com maioria conservadora.
O ministro Luiz Marinho afirmou que o governo federal está alinhado com as propostas dos sindicatos, mas destacou que o avanço das pautas exige negociação com o setor empresarial, principalmente nas áreas de comércio e serviços, e com o Legislativo.
“É preciso construir coletivamente. O Congresso precisa entender o quanto isso pode beneficiar a economia e melhorar o ambiente de trabalho”, declarou Marinho.
Já o ministro Márcio Macêdo classificou a escala 6x1 como “cruel” e reforçou que a redução da jornada é uma pauta “civilizatória”. Segundo ele, a mudança tem chances reais de ser aprovada, desde que o Congresso compreenda sua importância social.
Além da jornada de trabalho, os sindicatos também defenderam a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil. O projeto de lei já foi entregue ao Congresso pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e prevê também descontos parciais para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.
“A isenção para quem ganha até R$ 5 mil caiu muito bem no imaginário coletivo. Acredito que será aprovada”, avaliou Macêdo.
Igualdade salarial entre homens e mulheres e a redução da taxa de juros também apareceram entre os pedidos mais enfatizados pelas lideranças sindicais durante o evento.
Apesar de não comparecer ao ato em São Paulo, o presidente Lula esteve com representantes das centrais sindicais dois dias antes, em Brasília, quando recebeu uma pauta unificada da categoria. Macêdo comentou que a ausência do presidente foi simbólica, mas sua presença está refletida nas ações do governo.
“Lula está aqui por tudo o que representa para a luta dos trabalhadores. Ele faz falta onde quer que esteja ausente, mas sua história está presente neste ato”, concluiu o ministro.
*com informações da Agência Brasil
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