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A Gripe lá. A Dengue aqui! E você, onde está?

A comparação das epidemias mostra que enquanto olhamos para outros países, temos problemas a serem resolvidos

Redação
Publicado em 11/05/2009, às 10h10

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* Profº. Edison Andrades

Agora a gripe suína ou o vírus influenza do tipo A, fazem parte de todas as notícias nacionais e internacionais. No Brasil não houve confirmação de casos concretos, mas ainda assim existe uma forte ação para o combate antes mesmo da existência do “inimigo”. Com isso perde-se o foco numa das principais epidemias atuais em nosso país: A Dengue. Você sabia que no estado de Minas Gerais houve um crescimento de 20% de casos confirmados? Pois é! Mas o assunto agora é o México!!


Não vou entrar no mérito deste assunto, até porque não sou competente para isso, mas quero chamar a atenção para uma dinâmica muito semelhante que ocorre em um mundo chamado Mercado de Trabalho. Vamos lá?


É exatamente assim que ocorre nas organizações! Como assim?

Muitas organizações estão demasiadamente focadas em programas de desenvolvimentos estrangeiros, ou seja, buscam desenvolver seus colaboradores usando ferramentas que funcionaram excelentemente no Japão e em outros países mundo afora. Não sou contra o uso de ferramentas e instrumentos organizacionais internacionais, mas não consigo entender é o fato de que a preocupação é muito maior em possuir um programa “famoso” a um funcional.


Fiz a comparação com as epidemias acima mencionadas para mostrar que enquanto nosso olhar está para o México e outras dezenas de países infectados, temos aqui, dentro de nosso país um problema gravíssimo a ser resolvido. As organizações, de uma maneira geral, cometem o mesmo erro, pois na maioria das vezes não fazem a “lição de casa” e já querem partir para algo mais complexo. Mas quem sofre com isso? Todos. Sim, tanto os colaboradores como as organizações acabam semeando uma realidade extremamente irreal para sua cultura. De um lado informativos e murais ostentando belos e famosos programas de qualidade e desenvolvimento; de outro, colaboradores perdidos e cumprindo tabelas, para não receberem bronca e as terríveis “Não-conformidades”. Daí, em dia de auditoria é aquela loucura, pois as “sujeiras” devem ser colocadas “debaixo dos tapetes”, já que precisarão delas mais tarde. E quando o auditor foi embora...ufa!!! Escapamos !!


O que aprendemos com tudo isso? Simplesmente que existem formas mais interessantes de se trabalhar num contexto de excelência, mas de contrapartida muito distante de nosso mundo real, e assim voltamos às práticas antigas, afinal, só teremos auditoria no próximo semestre ... Será que valeu a pena?


Vejo que muitos trabalhadores também embarcam nessa, ou seja, buscam cursos expressivos e com rótulos internacionais, mas não possuem sequer afinidade com o tal. Com isso, temos profissionais curricularmente preparados mas com péssima competência.


Algumas dicas às empresas:

Busquem a implantação de programas funcionais e práticos para sua empresa, pois:

Não adianta implantar uma política de cargos e salários, se sua empresa atrasa o pagamento do vale- transporte de seus colaboradores;

Não crie plano de carreira, se o nepotismo impera em sua organização;

Não crie metas elevadas e utópicas, se as pessoas não possuem o mínimo de motivação;

Não aplique pesquisa de clima organizacional, se não está disposto a investir nos pontos que a pesquisa revelar.


Algumas dicas aos trabalhadores:

O mercado contrata currículo sim, mas seja gente antes.

O que quero dizer é que deve se preocupar com investimentos que sejam compatíveis com o seu perfil e não apenas com o que está na moda, pois:

Não faça um curso de inglês, se ainda não consegue falar o português;

Não escolha um curso universitário que te dê status se você odeia a classe que ocupa aquela categoria;

Não escolha fazer um curso de Tecnologia (graduação em dois anos), apenas por que será um curso rápido e você acha que já perdeu muito tempo na vida. Lembre-se: Estudar deve ser ganho de tempo e não perda;

Não encha a boca para falar mal do governo e autoridades, se você não sabe nem o que é “Balança Comercial”, PIB e Taxa SELIC;

Não tente ler um best-seller internacional, antes de saber das principais notícias diárias de seu país.


Caros amigos,

Antes de se preocupar com o México, cuide de sua casa.


Ah! E nunca se esqueça de incluir Deus em todos os seus planos.


* Profº Edison Andrades é Psicólogo - Especialista em desenvolvimento profissional e aconselhamento de carreira (Counseling); MBA; Escritor (autor do livro: Como Perder o Emprego (com competência)- Giz editorial); ex-Diretor de RH. É professor universitário atuando nas áreas de Administração e Marketing. Como consultor e palestrante atua em algumas das principais empresas nacionais e multinacionais do país. É palestrante e instrutor organizacional há mais de dez anos, onde destaca-se devido sua performance teatral, motivacional e irreverente ao transmitir conhecimentos. Marque uma consulta e conheça sua metodologia. contatos:  e-mail: edison.andrades@terra.com.br;  site: www.edisonandrades.com.br.

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