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Uma bolha, uma oportunidade

Toda vez que vejo um profissional habitando uma bolha maior, observo que ele se torna um lutador, buscando aperfeiçoamento. A insegurança e medo o ajudarão a reciclar-se

Edison Andrades
Publicado em 23/05/2014, às 10h54

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Mesmo que de forma inconsciente, todos lutam por melhores oportunidades, mas talvez poucos pensem sobre estar ou não preparados para o momento em que essa oportunidade surgirá. A palavra “bolha”, em nosso estudo, representa o espaço onde se situam as funções e responsabilidades dirigidas aos agentes profissionais. Pense numa bolha de sabão. Imagine-se dentro dela.

Quando nos lançamos ao mercado de trabalho, ingressamos numa “bolha”. Assim encontraremos bolhas maiores, menores ou exatamente do tamanho de nossa competência.

Quando a bolha for maior do que o profissional, podemos encarar como positivo, pois, ao ingressarmos numa nova função, é salutar que ela nos ofereça muito espaço, entre nossas habilidades e sua superfície limítrofe. Isso significa que ainda somos menores que a função desempenhada por nós, o que criará a necessidade de buscarmos crescimento e desenvolvimento. Toda vez que vejo um profissional habitando uma bolha maior, observo que ele se torna um lutador, buscando aperfeiçoamento. A insegurança e medo o ajudarão a reciclar-se. Alguns retornam aos estudos.

Quando a bolha é exatamente do tamanho de nossa competência, o quadro geral poderá ser insalubre, haverá grande desconforto no começo. Até o “oxigênio” será insuficiente (ficaremos sufocados). É exatamente o que acontece com os profissionais que ocupam funções “justíssimas” à sua capacidade. Presumem que não passarão dali. Perdem a mobilidade e agilidade. Perdem também a vontade de ir ao trabalho. Sua função é sem graça, desempenhá-la perde o significado. Após um determinado período, a tendência é que o funcionário fique tão acostumado à função, que acabe entrando para o grupo dos acomodados. Como consequência, julga não precisar de aperfeiçoamento. Afinal, usaria em quê?

Por fim, temos outra classe, a dos que crescem mais que suas bolhas. Já foram pequenos, passaram pela bolha justa, mas romperam a bolha. São profissionais que extrapolaram seus limites. Superaram-se em suas atribuições, contudo há um problema: eles cresceram, mas sua bolha não. Todos reconhecem que aquele lugar é pequeno demais para eles. Geralmente, são profissionais que, por um determinado período, acreditam que aquele lugar vai lhes proporcionar o crescimento aspirado. Outro ponto negativo é que a remuneração oferecida pela empresa tem o tamanho da bolha, e não o da competência do profissional, ou seja, profissionais que crescem mais do que sua bolha ganham mal. Esses profissionais são muito maiores que as atribuições a eles designadas. Se não houver, por parte da empresa, um reconhecimento e oferta de ascensão, eles não aguentarão muito tempo e irão embora. Alguns viram sócios. Outros, concorrentes.

Não sei qual é o tamanho de sua bolha, mas creio que devemos repensá-la todos os dias! Os vencedores sempre encontram bolhas enormes diante de si. E a sua? Que tamanho tem?

Ah! E nunca se esqueça de incluir Deus em todos os seus planos.

Prof. Edison Andrades é escritor, palestrante e sócio da Reciclare Treinamento. www.facebook.com/professor.edison.andrades

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