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Brincando de trabalhar

Vejo pessoas se endividando ao consumir, mas empregando pouco quando o assunto é investir em si. Parece que o significado está mais em ter e menos em ser. Uma pena, pois os ganhos vêm a partir do que escolhemos ser. Tudo é uma questão de escolha

Edison Andrades
Publicado em 09/05/2014, às 10h06

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Vivemos tempos em que o trabalho está no centro da sobrevivência. Creio que sempre tenha sido assim, mas a intensidade com a qual tudo a nossa volta se apresenta exige, cada vez mais, que o trabalho sustente tudo isso.

Compramos mais, bebemos mais, viajamos mais, enfim, vivemos mais. Nossa expectativa de vida cresce ao longo dos últimos anos, ou seja, precisaremos de mais recursos para nos sustentar por mais tempo. Produtos, serviços e bens são mais acessíveis e mais desejados. Aumentou nossa referência e conhecimento sobre eles. A quantidade de celulares já ultrapassou o número de seres humanos. A tecnologia nunca pertenceu tanto a nossas vidas, ou vice versa. Os automóveis banham as ruas como cardumes, numerosos, desorganizados, financiados, mas nossos. Ou quase nossos! Estética, ginástica, gastronomia, perfumaria etc. Já ocupam cadeiras cativas em nossa cesta de gêneros de primeira necessidade. Mais gente em universidades, mais livros vendidos, mais aplicativos, mais diversão. Mais do mais! Mas quem paga por tudo isso? O trabalho, óbvio!

Comerás do pão através do suor do seu rosto, diz a Bíblia Sagrada. O fato é que alguém sua seu rosto, para que o próprio ou outrem usufrua. Portanto o trabalho se torna, nos dias de hoje, o único meio para vivermos num habitat tão caro e tão desejado. Mas o que estamos fazendo por nós? O que fazemos com as oportunidades?

Vejo pessoas se endividando ao consumir, mas empregando pouco quando o assunto é investir em si. Parece que o significado está mais em ter e menos em ser. Uma pena, pois os ganhos vêm a partir do que escolhemos ser. Tudo é uma questão de escolha. Quanto menos investir em minhas habilidades e destrezas, irei obter apenas mais do mesmo. Mas investimento dá trabalho e requer sacrifício. Temos duas opções: diminuirmos nossos anseios consumistas ou passarmos a enxergar nosso trabalho com maior significado e importância. Prefiro a segunda! Mas, para isso, é preciso atitude e motivação. Decida aprimorar-se e focar naquilo que lhe dê resultados tangíveis (dinheiro) e intangíveis (satisfação). Ainda que tudo isso pareça utopia, você conhece alguém que conseguiu, portanto não é tão improvável assim.

Leve o trabalho mais a sério, sem torná-lo triste. Pare de brincar de trabalhar, mas busque trabalhar brincando, sem infantilizar suas tarefas. Brincar é um estado de humor e creio que possa sim fazer parte de nossas realizações profissionais. Boa diversão!

Ah! E nunca se esqueça de incluir Deus em todos os seus planos.

Prof. Edison Andrades é palestrante e sócio da Reciclare Treinamentos.  www.facebook.com/professor.edison.andrades

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