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Uso em desuso

Artigo do professor Edison Andrades.

Edison Andrades
Publicado em 14/02/2014, às 11h50

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Existe uma prática muito comum em empresas sobre o uso de aparelhos celulares em horário de expediente. Até que ponto não haveria problemas?

Aparelhos celulares estão, praticamente, presentes na vida de todos os brasileiros segundo as estatísticas. Portanto tornaram-se adereços de primeira necessidade, uma contradição. Eu disse: adereço. Estou dando ênfase a “adereço” para que possamos entender que o celular não se trata de gênero de primeira necessidade quando comparado a alimentos, vestuário e afins. Mas muita gente acha que sim. Obviamente, hoje precisamos nos comunicar, isso inclusive se tornou questão de sobrevivência para profissionais que dependem de contatos como plataforma para o fechamento de negócios. Hoje, ninguém pergunta se você possui um celular, mas qual é o seu número.

O fato é que não concordo com essa prática incontrolável e compulsiva de sempre estarmos presentes para quem nos liga, principalmente em horário de expediente. Se você está empregado e desempenha uma função que não contempla o atendimento de pessoas externas ao telefone, onde estaria a utilidade de usá-lo? Eu respondo com dois itens: em casos particulares, ou para negócios alheios à organização em que você se encontra naquele momento. Ambas as situações não justificam a interrupção de sua tarefa, exceto em ocasiões de emergência. Existem alternativas. Vamos aos fatos:

Quando o caso é particular: sua família precisa comunicar-se com você? Combine com seu gestor e receba o telefonema pelo número fixo da própria empresa. Não é crime algum nossa família possuir o número de nossa empresa. Inclusive é mais barato e mais saudável para a relação trabalhista. Obviamente, você deve ser breve, afinal está em trabalho. Caso o assunto requeira mais detalhes e tempo, peça uma pausa e resolva fora do ambiente de trabalho. Nesse caso, use o celular se preferir.

Quando o profissional possui negócios fora da empresa: essa é uma postura saudável, pois devemos possuir outras fontes paralelas de complemento financeiro. Mas não dedique a essas outras fontes o tempo de seu expediente na empresa, já que esta última o remunera para desempenhar as funções acordadas desde sua admissão, e que são válidas para cada minuto de sua permanência nela. Sei que muitos poderiam dizer: “Que exagero!”. E, para estes, ressalto uma situação inversa, na qual você, por exemplo, fosse descontado pelos minutos durante os quais a empresa ficou sem energia elétrica ou sem sistema. Seria justo? Portanto, enquanto está atendendo uma ligação particular, você está “desligado ou desconectado” de sua tarefa, é o que chamamos de absenteísmo (termo usado para designar as ausências dos trabalhadores no processo de trabalho).

Telefone móvel não é para quem está fixo. Fazer uso dele prejudicando a saúde de sua relação de trabalho é um hábito que deve ser posto em desuso por profissionais que almejam sucesso, dessa forma colocamos em desuso algo igualmente indesejável para todo profissional: o desemprego.

Prof. Edison Andrades é escritor, palestrante e sócio da Reciclare Treinamento. Facebook.com/professor.edison.andrades

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