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Especilista diz que home office deve crescer pós-pandemia, mas empresas devem se planejar

Publicado em abril deste ano, um estudo indica que a prática de trabalhar em casa deve registrar um crescimento de 30% no país

Home office
Home office - Divulgação

Douglas Terenciano | douglas@jcconcursos.com.br
Publicado em 22/05/2020, às 12h59 - Atualizado às 13h05

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Com o avanço da pandemia de coronavírus e a necessidade do distanciamento social, muitas empresas precisaram se adaptar ao home office, também conhecido como trabalho remoto. Com isso, a dúvida que surge na cabeça de muitos empregados e empregadores é sobre como será o mercado de trabalho pós-pandemia? Afinal de contras, cedo ou tarde o contágio de Covid-19 será controlado e a economia deverá ser retomada. Publicado em abril deste ano, um estudo de André Miceli, coordenador do MBA em marketing e inteligência de negócios digitais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), indica que a prática de trabalhar em casa deve registrar um crescimento de 30% no país.

Vale destacar que essa mudança exige planejamento e algumas corporações já estão se preparando para isso. "Nós já estamos nos preparando para que os aprendizados que temos tido na quarentena sejam aplicados na retomada", diz Thamile Rodrigues de Almeida Guerra, diretora de gestão de pessoas da Allonda, empresa de engenharia com foco em soluções sustentáveis. De acordo com a diretora, atualmente 70% da equipe dos escritórios está em regime de home office e a companhia planeja ter na fase pós-pandemia 50% do seu quadro de escritório trabalhando na modalidade ‘flex Job’, que trabalha até dois dias por semana remotamente.

Para garantir que o trabalho remoto mantenha a performance dos profissionais e a fluidez da comunicação entre as equipes, o planejamento da transição da empresa para esse regime terá um diagnóstico detalhado que avalia os cargos, áreas e perfis dos funcionários. Será com base no resultado da pesquisa aplicada a todos os funcionários dos escritórios que serão identificados os elegíveis para o trabalho remoto. "Para a Allonda essa flexibilização tem a ver também com sustentabilidade, já que atende ao tripé econômico, social e ambiental. O estudo nos permitirá ter escolhas que serão positivas tanto para a empresa como também para os próprios colaboradores", conclui Thamile.

Home office nas empresas devem seguir critérios de classificação

Flavia Gusmão, consultora da Be Flexy, afirma que esse planejamento permite classificar os funcionários em três grupos: os que ocupam cargos e têm perfis que atendem perfeitamente bem às exigências para se trabalhar remotamente; os que necessitam aprimorar alguns aspectos observados; e aqueles que o cargo ou o perfil não apresentam condições mínimas suficientes para trabalhar de forma remota. Com essa avaliação, a companhia consegue se organizar de maneira mais assertiva, sem prejuízo à efetividade e produtividade.

"Além disso, no retorno pós pandemia, baseado no que foi visto em outros países, serão determinadas recomendações mínimas de segurança como distanciamento físico. Com isso, não vamos poder ocupar todos os espaços de trabalho existentes e o trabalho remoto será imprescindível para estabelecer um rodizio de equipes para não criar a necessidade de adquirir um novo espaço físico. Além de promover um tempo livre para os colaboradores, economizando o tempo de deslocamento para o trabalho", comenta Felipe Cavalcanti, gerente de desenvolvimento humano da Allonda.

Entre os critérios avaliados estão a capacidade de planejamento e de disciplina dos colaboradores. "Se eles têm ou não capacidade de gestão, de prioridade", acrescenta Guerra sobre a importância do profissional realizar o trabalho, por exemplo, dentro dos prazos exigidos, entre outras necessidades. Recursos físicos, como equipamentos e mobiliário adequados também são levados em consideração nessa avaliação.

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