Luiz Marinho afirma que Brasil está pronto para reduzir jornada de trabalho de 44 horas semanais. Proposta está em debate no Congresso Nacional
O debate sobre a redução da jornada de trabalho voltou ao centro das atenções no cenário político. Em sessão da Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (7), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defendeu que o Brasil já reúne condições econômicas para rever o atual modelo de carga horária semanal, atualmente fixada em 44 horas.
Segundo o ministro, o tema exige diálogo entre os diferentes setores da sociedade, mas o ambiente econômico já permite discutir alternativas menos desgastantes para o trabalhador brasileiro.
“A economia está madura para uma redução da jornada máxima”, afirmou Marinho aos parlamentares.
Marinho classificou a atual jornada de trabalho como "cruel", especialmente para as mulheres, que muitas vezes acumulam funções dentro e fora de casa. Para ele, o ideal seria construir um caminho gradativo rumo a uma rotina mais equilibrada e saudável para os trabalhadores.
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“Temos que ter serenidade, mas esse turno de 44 horas semanais é o pior modelo possível. É desgastante e impacta diretamente a saúde mental das pessoas”, alertou o ministro, relacionando a carga horária excessiva ao aumento de problemas psicológicos e transtornos emocionais no ambiente corporativo.
A discussão sobre a jornada de trabalho já está em andamento no Congresso Nacional, por meio de diferentes projetos legislativos. A proposta mais recente foi apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que protocolou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com o objetivo de reduzir a jornada semanal no país.
Embora ainda sem definição de qual seria a nova carga horária ideal, defensores da mudança apontam que o Brasil precisa alinhar sua legislação trabalhista a modelos mais sustentáveis, como já ocorre em países europeus que testam jornadas de 36 ou até 32 horas semanais, sem redução de salário.
A possível redução da jornada ainda deve enfrentar resistência de parte do setor produtivo, que teme aumento de custos. No entanto, o governo aposta no diálogo com empregadores e centrais sindicais para construir uma proposta viável.
Para Marinho, o importante é encontrar um “patamar saudável” que preserve a produtividade e, ao mesmo tempo, promova qualidade de vida.
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