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Ministro do Trabalho diz que país está pronto para rever jornada de 44 horas semanais

Luiz Marinho afirma que Brasil está pronto para reduzir jornada de trabalho de 44 horas semanais. Proposta está em debate no Congresso Nacional

Ministro do Trabalho diz que país está pronto para rever jornada de 44 horas semanais
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Victor Meira

Victor Meira

victor@jcconcursos.com.br

Publicado em 07/05/2025, às 14h24

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O debate sobre a redução da jornada de trabalho voltou ao centro das atenções no cenário político. Em sessão da Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (7), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defendeu que o Brasil já reúne condições econômicas para rever o atual modelo de carga horária semanal, atualmente fixada em 44 horas.

Segundo o ministro, o tema exige diálogo entre os diferentes setores da sociedade, mas o ambiente econômico já permite discutir alternativas menos desgastantes para o trabalhador brasileiro. 

“A economia está madura para uma redução da jornada máxima”, afirmou Marinho aos parlamentares.

“Turno cruel”, diz Marinho

Marinho classificou a atual jornada de trabalho como "cruel", especialmente para as mulheres, que muitas vezes acumulam funções dentro e fora de casa. Para ele, o ideal seria construir um caminho gradativo rumo a uma rotina mais equilibrada e saudável para os trabalhadores.

“Temos que ter serenidade, mas esse turno de 44 horas semanais é o pior modelo possível. É desgastante e impacta diretamente a saúde mental das pessoas”, alertou o ministro, relacionando a carga horária excessiva ao aumento de problemas psicológicos e transtornos emocionais no ambiente corporativo.

Proposta avança no Congresso

A discussão sobre a jornada de trabalho já está em andamento no Congresso Nacional, por meio de diferentes projetos legislativos. A proposta mais recente foi apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que protocolou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com o objetivo de reduzir a jornada semanal no país.

Embora ainda sem definição de qual seria a nova carga horária ideal, defensores da mudança apontam que o Brasil precisa alinhar sua legislação trabalhista a modelos mais sustentáveis, como já ocorre em países europeus que testam jornadas de 36 ou até 32 horas semanais, sem redução de salário.

E agora?

A possível redução da jornada ainda deve enfrentar resistência de parte do setor produtivo, que teme aumento de custos. No entanto, o governo aposta no diálogo com empregadores e centrais sindicais para construir uma proposta viável. 

Para Marinho, o importante é encontrar um “patamar saudável” que preserve a produtividade e, ao mesmo tempo, promova qualidade de vida.

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