Páscoa deve reunir 70 mil oportunidades no país

Como o segundo período mais propício para a contratação de temporários, perdendo apenas para o Natal, a Páscoa deverá abrir 70 mil empregos nesse ano, o que representa 10,5% mais postos de trabalho em comparação a 2010.

Desse total, 22% das ocupações oferecidas devem se destinar a jovens em situação de primeiro emprego.

Essa é a perspectiva apontada pelo mais recente levantamento encomendado pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem) ao Instituto de Pesquisa Manager (Ipema) para a data comemorativa.

Também de acordo com o estudo, após o término da Páscoa está previsto um índice de contratações de 28%, o que significa que 19,6 mil brasileiros poderão ser efetivados.

Segundo o presidente da Asserttem, Vander Morales, um dos fatores que contribui para o aumento das ofertas de empregos e anúncio de boas perspectivas para quem conquistar a vaga temporária nesse período é a celebração da data, que em 2011 está agendada para o final de abril.

“Quanto mais longe de janeiro, mais distante das despesas de início do ano, que comprometem o orçamento e fazem com que os consumidores repensem seus gastos”, explica.

Para Morales, esse cenário afeta diretamente as indústrias que, diante dos bons presságios, começaram a contratar em setembro passado, acelerando a produção e intensificando os esforços na diversificação das linhas de produtos para a data comemorativa.

A iniciativa contribuiu para o alcance da marca de 20 mil pessoas contratadas até o momento, número que deve sofrer ligeira aceleração, já que a empregabilidade para a época deve ser estendida até março.

E como tudo indica que as fabricantes de ovos de chocolate devem lançar muitos produtos novos, a figura do promotor de vendas será essencial. “Uma vez que 80% dos produtos são lançamentos, esse profissional será fundamental em lojas e supermercados, cabendo a ele apresentar e explicar as novidades aos clientes para incentivar a compra”, diz a diretora de comunicação da Asserttem, Jismália de Oliveira Alves.

Maiores chances - Cerca de 60% das 70 mil oportunidades previstas serão abertas pela indústria. Haverá postos de trabalho para auxiliar (de produção, expedição e cozinha), motorista, entregador, promotor de venda, estoquista e operador de empilhadeira.

Para essas posições, candidatos acima de 18 anos com ensino médio completo e facilidade para trabalhar em grupo terão vantagem nos processos seletivos. Experiência anterior na função é considerada um diferencial. Os salários oscilam entre R$ 600 e R$ 1.500.

As demais vagas (40%) serão ofertadas pelo comércio, que contratará balconistas, vendedores, degustadores, demonstradores e repositores para remunerações mensais entre R$ 600 e R$ 900. Serão mais requisitados trabalhadores entre 18 e 30 anos com ensino médio completo, criatividade, organização e bom relacionamento com o público.

Na indústria, os homens devem ser privilegiados, com 55% dos contratos. Mas no comércio, com a mesma porcentagem, o destaque serão as mulheres.

Cidades - Na região Sudeste, a maior parte das contratações será feita pelo município de São Paulo, com 30,31% do volume nacional. Já no sul do país é o Rio Grande do Sul que assume a primeira posição, como a marca de 6,71%. No nordeste, centro-oeste e norte o ranking é ocupado, respectivamente, por Bahia (6,23%), Goiás (3,07%) e Rondônia (1,83%).

Quanto o assunto são as cinco cidades, entre todas as regiões, com as maiores porcentagens de empregos ofertados dentre as 70 mil chances previstas, assumem as cinco primeiras colocações os municípios de São Paulo (30,31%), Minas Gerais (11,25%), Rio de Janeiro (7,62%), Rio Grande do Sul (6,71%) e Paraná (6,26%).

Pâmela Lee Hamer

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