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Dicas de como estudar atualidades para concursos

O conteúdo é bastante amplo e naturalmente gera diversas perguntas na cabeça dos concurseiros. Confira algumas dicas de especialista para se manter preparado para a prova!

Douglas Terenciano
Publicado em 24/05/2017, às 11h43

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Independente do órgão ou cargo envolvido, a disciplina de atualidades está presente em praticamente todos os concursos públicos. O conteúdo é bastante amplo e naturalmente gera diversas perguntas na cabeça dos concurseiros. Afinal de contas, como estudar sobre atualidades e se manter preparado para as provas? Pensando nisso, selecionados as dúvidas mais frequentes dos candidatos e conversamos com o Júlio Raizer, professor do AlfaCon Concursos e especialista no tema. Confira!

JC: Existe um período de recorte considerado pelas bancas organizadoras para temas na prova de atualidades?

Júlio Raizer: O recorte temporal ideal é um ano, com vinculações históricas que se estendem por períodos maiores. Por exemplo, pode ser cobrada uma questão sobre os atuais movimentos sociais, e compará-los com as Diretas-Já (1984), como fez a Cespe em 2013, na prova de escrivão da Polícia Federal.

JC: Sobre a preparação dos estudos. Os candidatos devem focar nos assuntos mais bombásticos do noticiário ou é importante variar sobre vários temas, mesmo que estes não estejam em forte evidência no momento?

Júlio Raizer: Vale a pena focar em assuntos permanentes, que tenham seus desdobramentos consistentes. A dica que tenho, é dividir o cadernos de estudo em tópicos, como política, economia, sociedade, educação, tecnologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável, responsabilidade socioambiental, segurança e ecologia, e relacionar as notícias referentes a cada um desses tópicos. De tempos em tempos, faz-se necessário uma reformulação das anotações.

JC: Na sua visão, o ideal seria mesclar entre os meios de comunicação para se manter atualizado ou focar em apenas um para não se perder em meio a tanto conteúdo?

Júlio Raizer: As fontes mais eficientes são aquelas usadas pelas provas e concursos, como por exemplo os principais jornais, revistas, agência de notícias e emissoras de rádio e televisão.

JC: Ler blogs opinativos pode contribuir com os estudos ou é melhor evitar? Afinal, muitos blogueiros têm sua opinião formada sobre um determinado assunto. Alguns, inclusive, bem radicais e/ou com interesses políticos.

Júlio Raizer: Temos que ter em mente as seguintes perguntas: quero a informação para acertar a questão da prova, ou para poder ter um amplo conhecimento do assunto? A primeira pergunta deve orientar os concurseiros. Entender o que é a questão, quais motivos estão relacionados a ela, qual a sua consequência para a sociedade, e como isso pode ser cobrado em provas. Uma vez que as bancas não citam blogueiros (na matéria de atualidades, isso não é comum), não acho aconselhável a estruturação do estudo baseado nisso.

JC: A importância de ouvir os discordantes. Refletir sobre visões diferentes pode ajudar no entendimento de um determinado assunto?

Júlio Raizer: É aquela velha questão, ouvir discordantes pode criar uma tendência não cultivada pelas bancas organizadoras. Na matéria de atualidades, as provas normalmente exigem conhecimento sobre o assunto em questão, e não necessariamente a opinião do candidato. Há de se considerar a chance do assunto ser tema de questão discursiva, e mais uma vez, nesse caso, não existe um interesse na opinião, e sim na demonstração que o candidato reconhece o assunto, e tem ciência sobre a dimensão que ele alcançou. Na redação de 2014 na prova de agente da Polícia Federal, o tema foi terrorismo. Convenhamos, que não existe chance de uma opinião divergente sobre o assunto, ser bem recebida pelos corretores. Por isso, mesmo quando questionado em sua opinião, o candidato deve saber da importância de escrever de acordo com a expectativa da banca organizadora e do concurso pretendido. Uma coisa é o que pensamos, outra coisa é aquilo que escrevemos. O candidato não deve querer mudar o mundo com sua prova, ele deve sim querer passar no concurso.

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