Pesquisa realizada pela empresa Boa Vista aponta que os gastos com alimentação tem levado os consumidores brasileiros à inadimplência; saiba mais
Jean Albuquerque Publicado em 10/08/2022, às 17h47
A inflação que encarece o preço da cesta básica tem sido uma verdadeira vilã e muitos cidadãos que residem no país encontram dificuldade para fechar as contas no fim do mês. Uma pesquisa realizada pela empresa Boa Vista, especializada em inteligência financeira e análise de crédito, aponta que a alimentação tem feito com que aumente o número de consumidores brasileiros inadimplentes.
Só para se ter uma ideia, o estudo afirma que no primeiro semestre deste ano, 18% dos inadimplentes no país deixaram de pagar as despesas com alimentação, essa é considerada a maior porcentagem dos últimos cinco anos.
Outro dado levantado pela pesquisa é o de que as contas não pagas também incluem os gastos com educação, saúde, impostos, taxas, lazer e outros gastos, o que tem feito com que 23% dos consumidores brasileiros não paguem suas contas e fiquem inadimplentes.
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Mesmo com a deflação de 0,68% em julho, o preço dos alimentos seguem em alto no país. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram registradas altas de 25,46% do leite longa vida e de 14,06% nos derivados pesaram no grupo, que subiu 1,30% no mês.
Neste caso, em junho, o leite de longa vida aumentou 10,72%. O preço do produto aumentou 77,84% no ano e chegou a 66,46% em 12 meses. Derivados como queijo (5,28%), manteiga (5,75%) e leite condensado (6,66%) também subiram em julho. A alimentação doméstica acelerou para 1,47% em julho, de 0,63% em junho, com o aumento do leite. A alimentação fora de casa, por outro lado, caiu para 0,82% ante 1,26% em junho.
De acordo com os dados da pesquisa realizada pela empresa Boa Vista, a principal causa da inadimplência no primeiro semestre de 2022 foi o desemprego, tendo 28% dos entrevistados afirmando como a principal causa, contra 27% no período anterior.
O economista do Boa Vista, Flavio Calife, ouvido pelo Money Times, afirma que "o desemprego é historicamente a principal causa da negativação, e segue como tal apesar das taxas estarem diminuindo nos últimos meses segundo o IBGE".
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