População e os profissionais de saúde não devem utilizar o produto falsificado. Empresa também divulgou uma lista de características que podem ajudar na identificação das falsificações
Pedro Miranda Publicado em 03/11/2023, às 18h22
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta nesta sexta-feira (3) sobre a presença de lotes falsificados de dois medicamentos vitais no mercado brasileiro, destacando a necessidade de precaução por parte dos profissionais de saúde e da população em geral. Os medicamentos em questão são o Tysabri® e o Ozempic®.
O Tysabri® é um medicamento utilizado no tratamento de formas mais ativas de esclerose múltipla, contendo a substância ativa natalizumabe. A empresa detentora do registro, Biogen Brasil Produtos Farmacêuticos Ltda., comunicou à Anvisa sobre a identificação de falsificações do produto no Brasil.
Essas falsificações dizem respeito ao lote FF00336, que tinha validade até janeiro de 2026. O laboratório Biogen esclareceu que esse lote foi produzido apenas para fins institucionais, não comerciais, e possui características distintas em relação ao medicamento original vendido em farmácias.
Em resposta a essa situação, a Anvisa publicou a Resolução 3.874/2023, que impõe medidas preventivas, incluindo a apreensão e a proibição da distribuição, comercialização e uso do produto falsificado.
A empresa também divulgou uma lista de características que podem ajudar na identificação das falsificações, como erros ortográficos no endereço da empresa responsável pela importação e distribuição do produto no país, diferenças na cor da faixa laranja e azul da embalagem, formatação das letras e ausência da inscrição em braille na embalagem.
No caso do medicamento Ozempic®, utilizado no tratamento de pacientes adultos com diabete tipo 2, quando o corpo não produz insulina ou cria resistência a ela, a Anvisa recebeu um comunicado da empresa responsável, a Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda., indicando que o lote LP6F832, que supostamente seria válido até novembro de 2025, é, na verdade, uma falsificação.
A empresa esclarece que não considera esse lote das canetas válido. A Anvisa emitiu a Resolução 3.945/2023, que proíbe a comercialização, distribuição e uso do medicamento falsificado. A Novo Nordisk também aconselha os consumidores a desconfiarem de preços muito baixos e de pontos de venda não tradicionais, além de destacar que o Ozempic é vendido apenas em canetas pré-preenchidas injetáveis, não existindo outra apresentação do produto.
A Anvisa enfatiza a importância de adquirir medicamentos apenas em estabelecimentos devidamente regularizados, na embalagem completa (dentro da caixa) e com nota fiscal. Em caso de suspeita de falsificação, a população e os profissionais de saúde não devem utilizar o produto e devem entrar em contato com as empresas detentoras do registro dos medicamentos para verificar sua autenticidade.
Qualquer informação sobre medicamentos falsificados deve ser comunicada à Anvisa, preferencialmente por meio do sistema Notivisa para profissionais de saúde ou à ouvidoria, através da plataforma FalaBR, com login (CPF) e senha cadastrados no portal Gov.br.
A Anvisa também disponibiliza um sistema de consultas em seu website, permitindo que os consumidores verifiquem o histórico de produtos irregulares já identificados no Brasil. Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária oferece uma central de atendimento telefônico ao público (0800-6429782), disponível das 7h30 às 19h30, de segunda a sexta-feira, exceto feriados, com ligações gratuitas para todo o Brasil.
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