O aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 impactou positivamente no ganho acumulado de 1,7%, afirma gerente do IBGE, Cristiano Santos; Veja
Jean Albuquerque Publicado em 08/12/2022, às 17h42
O Auxílio Brasil de R$ 600 ajudou a impulsionar o resultado do comércio em três meses: agosto, setembro e outubro, o que corresponde a um ganho acumulado de 1,7% do varejo. Esse resultado foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o gerente do instituto, Cristiano Santos, ouvido pelo Valor, o aumento do programa de transferência de renda de R$ 400 para R$ 600 foi a principal razão para o bom desempenho do setor econômico.
A julgar pelo desempenho dos três meses, o principal impacto do aumento veio de setembro, quando as vendas cresceram 1,2%. Nos demais meses, o movimento foi classificado pelo IBGE como estável, obtendo 0,2% em agosto e 0,4% em outubro.
Em agosto, Santos citou o impacto das políticas de barateamento dos combustíveis, quando houve a redução do percentual do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Já o mês de setembro teve saldo positivo por conta do planejamento dos repasses do governo federal. Em setembro, o maior impacto veio do planejamento dos repasses de recursos do governo. Em outubro, Santos citou o impacto do aumento da renda e do aumento do emprego.
Para o gerente do IBGE, o crescimento de rendimento real acompanhada da deflação (inflação menor) foram os fatores para o crescimento de 1,7% no trimestre mencionado acima. “Mas o principal foi a entrada do Auxílio Brasil. Como o volume maior de crescimento [do varejo] foi em setembro, acaba aparecendo mais em setembro que nos outros meses”, defendeu em entrevista ao Valor.
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O governo eleito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá retornar o programa Bolsa Família. Com isso, o Auxílio Brasil irá mudar de novo, para garantir os repasses, às famílias e o poder público precisam assumir compromissos nas áreas de Saúde e de Educação. Neste caso, o governo tem a responsabilidade de garantir o acesso e a qualidade desses serviços.
De acordo com as regras do programa, cabe "ao poder público monitorar resultados, identificar motivos que impeçam o acesso das famílias aos serviços sociais básicos e agir para garantir o acesso". Sendo assim, as crianças menores de 7 anos devem ter o calendário vacinal em dia, além do acompanhamento do seu crescimento e desenvolvimento.
*Com informações do Valor Econômico
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