Bolsa Família: 10 milhões podem ser excluídos do programa; Entenda o motivo

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, afirmou hoje (11) que cerca de 10 milhões vão passar pelo pente-fino do Bolsa Família

Mylena Lira   Publicado em 11/01/2023, às 21h41 - Atualizado em 12/01/2023, às 14h34

Divulgação

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, afirmou nesta quarta-feira, 11 de janeiro, que cerca de 10 milhões de famílias vão passar pelo pente-fino do Bolsa Família por indício de irregularidade.

A pasta fará a atualização da base de dados do Cadastro Único. "Esse recadastramento com certeza vai os dar segurança para quem tiver irregular sair da lista de beneficiários", disse após reunião com o presidente Lula (PT) no Palácio do Planalto.

O Cadastro Único é o instrumento do Governo Federal que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda. O benefício é destinado às pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica, que se encontram na linha da probreza ou pobreza extrema.

Atualmente há 40,7 milhões de famílias inscritas. De acordo com Dias, cerca de 6 milhões de cadastros estão sendo analisados com prioridade, onde estariam as famílias unipessoais (formada por apenas uma pessoa). A entrada desses beneficiários teria ocorrido, principalmente, no segundo trimestre de 2022 - quando o ex-presidente Bolsonaro expandiu o programa, segundo a oposição, com intenção de se reeleger.

A atualização será feita com o objetivo de dar mais segurança e agilidade no repasse do benefício, a fim de que chegue a quem realmente tem direito e necessita. Dias ressaltou que a meta do governo é ainda durante o mandato de Lula tirar o Brasil do Mapa da Fome e da Insegurança Alimentar e Nutricional.

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Bolsa Família paga R$ 150 a partir de março

A retirada de quem recebe o auxílio de forma indevida também visa possibilitar que o governo federal pague o adicional de R$ 150,00 por filho de até seis anos, uma novidade do programa social, que tem valor base de R$ 600,00.

Essas melhorias foram possíveis graças à aprovação da PEC da Transição (Proposta de Emenda à Constituição), apresentada pela equipe de Lula e promulgada pelo Congresso Nacional no final de dezembro. Assim que tomou posse, uma das primeiras medidas do petista foi assinar a Medida Provisória 1155/2023, que assegura o novo valor para este ano, bem como a grana extra para quem tem filho nessa faixa etária.

O ministro Wellington Dias informou que o pagamento dos R$ 150 adicionais começará a ser feito em março para aqueles que o governo tem segurança na atualização do cadastro. "Agora em janeiro faremos o pagamento dos R$ 600,00. Inicia em fevereiro tanto a atualização cadastral como todo esse trabalho com a rede da assitência social, com busca ativa para trazer quem está fora [do Bolsa Família]", ressaltou.

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O Ministério do Desenvolvimento Social fará uma busca ativa para identificar e incluir no programa Bolsa Família as pessoas que têm direito ao benefício mensal, mas não recebem a ajuda financeira atualmente. Dias destacou que vai trabalhar junto aos municípios para encontrar quem faz jus ao auxílio social. Em sua rede social, o presidente Lula ressaltou que trabalha para trazer mais beneficiários para o programa:

Hoje com o ministro @wdiaspi. Estamos trabalhando para atualizar o Cadastro Único e incluir mais famílias a partir de março, trabalhar para pagar o novo Bolsa Família, com R$ 600 por família e mais R$ 150 por criança, e combater a fome.

📸: @ricardostuckert pic.twitter.com/6BKN3a4ky4

— Lula (@LulaOficial) January 11, 2023

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