O plano de Bolsonaro é permanecer na política e liderar a oposição pelos próximos quatro anos. Oito assessores a que ex-presidentes têm direito foram nomeados nesta terça
Pedro Miranda Publicado em 27/12/2022, às 20h01
O atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), confirmou a interlocutores que não vai passar a faixa presidencial para o presidente eleito Lula da Silva (PT) no dia 1º de janeiro. De acordo com informações de pessoas em torno de Bolsonaro, ele deve deixar o país até sexta-feira (30).
Os prováveis planos são que ele passe a virada de ano em Orlando, nos Estados Unidos. Bolsonaro convocou aliados para realizar uma reunião de despedida nesta quarta-feira (28). O ex-ministro e candidato a vice nas eleições deste ano, Braga Netto, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto também devem participar do evento.
Um caminhão de mudanças voltou a ser visto nesta terça-feira (27) no Palácio da Alvorada. De acordo com informações do funcionário do Planalto, o gabinete presidencial já está vazio, sem os quadros e itens pessoais do futuro ex-presidente. Desde a derrota nas eleições, Bolsonaro não comentou sobre o resultado e nem reconheceu a vitória de Lula.
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Os bolsonaristas mais radicais alegam que a eleição foi fraudada, embora nenhuma prova concreta tenha sido apresentada, e desde o resultado do pleito, se reuniram em frente aos quartéis do exército para exigir a intervenção das Forças Armadas e impedir a posse de Lula
Bolsonaro chegou a afirmar que as manifestações com intenções golpistas foram resultado de um sentimento de injustiça e fez comentários questionáveis sobre a eleição, mas não fez nenhuma tentativa oficial de impedir a posse de Lula.
O plano de Bolsonaro é permanecer na política e liderar a oposição pelos próximos quatro anos. Por isso, negociou com Valdemar Costa Neto as estruturas necessárias para tentar se manter na liderança da esfera conservadora do país.
Nesta terça-feira (27), foi publicado no Diário Oficial da União a nomeação dos oito assessores a que ex-presidentes têm direito.
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