Bolsonaro publica manifesto de três linhas após ter ironizado Carta Pela Democracia; confira

O atual presidente da República Jair Bolsonaro fez uma publicação no perfil dele no Twitter na qual se diz a favor da democracia. O post foi feito na quinta-feira (28) após ele ter criticado e ironizado a Carta em Defesa do Estado Democrático de Direito. Em apenas três linhas, Bolsonaro resumiu o que também intitulou de “carta de manifesto em favor da democracia”.

“Por meio desta, manifesto que sou a favor da democracia. Assinado: Jair Messias Bolsonaro, presidente da República Federativa do Brasil”, escreveu na página oficial do Twitter. A publicação dele trata-se de uma resposta à carta original elaborada pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP), que conta com mais de 400 mil assinaturas de banqueiros, empresários, artistas e juristas. O texto será lido no dia 11 de agosto.

Bolsonaro já havia criticado o documento em sua transmissão semanal ao vivo horas antes de publicar seu “manifesto”. Na live, o presidente Planalto disse que a carta em defesa da democracia é uma “nota política em ano eleitoral”, que tem como objetivo “politizar o momento”.

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Faculdade de direito da USP pode ter sido atacada por hackers apoiadores de Bolsonaro

“Olha, quem é contra a democracia no Brasil? Em três anos e meio, algum ato meu contrário à democracia? Eu acho que nós temos o contrário, de outras pessoas contrárias à democracia. Nós somos pela transparência, pela legalidade, nós respeitamos a Constituição”, afirmou. Na sequência, o presidente acrescentou: “O que foi essa nota? Não entendi. Agora, foi uma nota política em ano eleitoral. […] Se não tivesse o viés político nessa nota, eu assinaria, sem problema nenhum”.

Na quinta-feira, a Assessoria de Imprensa da Faculdade de Direito da USP informou que a página que hospeda o documento sofreu 2.340 tentativas de hacker desde que a carta foi publicada. O ataque continuou, de acordo com a agência que notificou ao jornal Metrópoles. A equipe do projeto trabalha duro para evitar que a página seja invadida.

Os organizadores do manifesto veem o momento atual marcado por ataques à democracia, ao STF e ao processo eleitoral como um momento perigoso. No entanto, o documento não cita nomes.

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