Brasil lidera taxa de juros real no mundo. Estudo inclui 156 países

Segundo pesquisa realizada pela Infinity Asset Management, o Brasil lidera o ranking mundial de países com altas taxas de juros real em dezembro. Os resultados são os mesmos se as taxas de juros aumentarem 0,75% ou diminuírem 0,25%. Isso foi determinado após a análise de dois cenários possíveis.

O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve nesta quarta-feira (7) a atual taxa de juros, chamada de Selic, esse é um percentual anual que influencia o quanto os bancos cobram dos tomadores de empréstimos. O Copom avisou, ainda, que não hesita em retomar o ciclo de alta caso o processo de desinflação não ocorra como esperado.

A Infinity considera a taxa de inflação prevista no boletim Focus do Banco Central, que prevê a inflação de 5,33% para o próximo ano e a taxa de juros DI no mercado dos próximos doze meses com vencimento em dezembro de 2023. Os juros reais representam a taxa descontada da inflação esperada para os próximos doze meses.

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Brasil é seguido pelo México no ranking de juros reais

Com a taxa Selic de 13,75% ao ano, a taxa de juros real no Brasil é de 8,16%. No ranking, é seguido pelo México (taxa real de 5,39%) e Chile (taxa real de 4,66%). Com um aumento de 0,75 pontos percentuais, a cotação do real será de 8,78%, enquanto com uma queda de 0,25 pontos percentuais, o valor chegará a 7,5%.

O Brasil ocupa o segundo lugar depois da Argentina (75% ao ano) no ranking dos países com as maiores taxas de juros nominais. Em terceiro lugar está a Hungria (13% ao ano).

O que é juros real?

A Politize a define como a taxa recebida após subtrair os efeitos da inflação. Por exemplo, se José investir X quantia em um investimento que rende 15% ao ano, dado que a taxa de inflação medida pelo IPCA daquele ano é de 13%, José perderá dinheiro nessa taxa devido à inflação.

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