O câncer do Lula voltou? Exames feitos no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, mostram lesão. Em 2011, o petista teve um tumor na laringe e fez tratamento com quimioterapia
Mylena Lira Publicado em 13/11/2022, às 12h00
O câncer do Lula voltou? O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizou uma série de exames no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, no último sábado (12). Em 2011, o petista teve um tumor na laringe e precisou, inclusive, fazer tratamento com sessões de quimioterapia.
Ao final das eleições de 2022, disputadas em dois turnos, foi possível perceber que Lula apresentava uma rouquidão acentuada. Após a vitória, durante seu discurso para uma multidão na avenida Paulista, a dificuldade de fala ficou nítida em alguns momentos.
Segundo o site do DR. Drauzio Varella, "a laringe é um órgão constituído por cartilagens, músculos e membranas que conecta a faringe à traqueia. Exerce função respiratória e fonatória (o som é produzido nesse órgão)". Localiza-se na região da garganta, entre a traqueia e a base da língua, onde estão as cordas vocais. Portanto, é responsável pela fala.
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Em nota, o hospital informou que Lula passou por uma avaliação clínica de rotina, realizada por profissionais de diferentes especialidades médicas. Um dos exames realizados ontem, o nasofibroscopia, para avaliar o estado da mucosa nasal, da laringe e da faringe do petista apontou alterações inflamatórias e uma pequena área de leucoplasia na laringe.
À Agência Brasil, o oncologista Artur Katz, que atende Lula desde 2011 e acompanhou os exames feitos no sábado, explicou que “a leucoplasia é uma lesão verrucosa em áreas de mucosa e que, comumente, ocorre na boca. Costuma ser resultado de alguma forma de irritação crônica – e este processo de irritação às vezes pode ser muito antigo".
Especialistas ouvidos pela Folha de S.Paulo afirmam que a leucoplasia não é uma "emergência médica", mas demanda acompanhamento médico, pois pode evoluir para um câncer. Contudo, as probabilidades disso acontecer são pequenas (cerca de 10%), conforme publicou o jornal.
O oncologista Artur Katz ressaltou que “é uma lesão extraordinariamente pequena, superficial" e que não oferece preocupação à equipe médica. Segundo ele, "eventualmente, estas lesões precisam ser acompanhadas e, eventualmente, removidas com procedimentos muito simples. O importante é não confundir estas lesões com tumores”, comentou.
Katz garantiu que a pequena lesão identificada não oferece nenhum risco à saúde do presidente eleito. Nota do hospital reforça que as alterações inflamatórias são "decorrentes do esforço vocal" apenas e que os exames mostram a “completa remissão do tumor” na laringe.
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Confira abaixo o boletim divulgado pelo hospital:
"O Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva esteve hoje no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para avaliação clínica multidisciplinar de rotina.
Foram realizados exames de imagens: ecocardiograma, angiotomografias e PET scan, que estão normais e seguem mostrando completa remissão do tumor diagnosticado em 2011.
O exame de nasofibroscopia mostra alterações inflamatórias decorrentes do esforço vocal e pequena área de leucoplasia na laringe. O presidente eleito foi acompanhado pelas equipes médicas coordenadas pelo Prof. Dr Roberto Kalil Filho, Dr. Artur Katz e Dr. Rubens Brito.
Dr. Luiz Francisco Cardoso - Diretor de Governança Clínica
Dr. Ângelo Fernandez - Diretor Clínico"
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