Caso da procuradora agredida: procurador tem salário cortado e pode ser preso; Entenda

Procuradora agredida ficou com rosto ensanguentado após ser espancada por colega de trabalho. Polícia Civil pediu a prisão preventiva do agressor, que já foi afastado do cargo

MYLENA LIRA | REDACAO@JCCONCURSOS.COM.BR   Publicado em 22/06/2022, às 17h36

Reprodução/A Tribuna

O caso da procuradora agredida brutalmente nesta terça-feira (21), durante o expediente de trabalho, na Prefeitura de Registro tem novo desdobramento: o agressor, o também procurador Demétrius Oliveira de Macedo, foi suspenso do cargo e teve o salário cortado. A decisão foi publicada hoje no Diário Oficial do município. Além disso, ele corre o risco de ser preso.

Isso porque a Polícia Civil pediu a prisão preventiva de Macedo para que responda pelo crime de lesão corporal preso. O requerimento foi feito à Justiça pelo delegado Daniel Vaz Rocha, do 1º Distrito Policial de Registro, após o registro do boletim de ocorrência, bem como vítima e agressor serem ouvidos.

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, se pronunciou e apelou para "que a Justiça faça a sua parte e puna todo e qualquer covarde que agrida uma mulher”. Segundo o chefe do executivo paulista, “a agressão do procurador de Registro a uma colega não ficará impune."

Além da ação criminal, Macedo responderá a um processo administrativo que pode culminar na sua exoneração. A suspensão imediata foi feita por 30 dias, podendo ser prorrogada. O Ministério Público de São Paulo também informou hoje que designou dois promotores de Justiça, ambos com atuação em Registro, para investigar o episódio de agressão.

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Procuradora agredida: entenda o caso

Um vídeo circulou ontem nas redes sociais no qual o procurador de Registro, cidade do Vale do Ribeira, em São Paulo, aparece desferindo inúmeros golpes contra a procuradora Gabriela Samadello Monteiro de Barros, sua chefe, dentro do ambiente de trabalho. Mesmo caída no chão, ele continua a dar socos, chutes e a xingar a servidora.

As imagens mostram, ainda, que Macedo empurra com força contra a parede uma outra colega de trabalho que tenta interromper o espancamento. Um segunda funcionária da repartição pública consegue puxar a procuradora, que é mais uma vez atacada após conseguir levantar do chão. Gabriela ficou com o rosto ensanguentado ao final e hematomas foram formados abaixo do olho.

Por meio de nota, a Prefeitura de Registro disse que repudia os “brutais atos de violência realizados pelo procurador contra a servidora municipal mulher que exerce o cargo de procuradora-geral do município”. Diz também que os servidores vão receber acompanhamento psicológico por conta do episódio e que punirá severamente toda prática de violência.

O Jornal A Tribuna, que atua na região, publicou o vídeo. Confira:

Procuradora é agredida a socos e chutes por colega de trabalho no Vale do Ribeira: https://t.co/sfRVO2507G pic.twitter.com/O4If4rTPoR

— Jornal A Tribuna (@atribunasantos) June 21, 2022

 

Histórico de agressão

Não é a primeira vez que Macedo tem atitudes reprováveis no ambiente de trabalho. Um processo administrativo já havia sido aberto contra o procurador de Registro para apurar denúncias de hostilidade com outra funcionária da repartição.

A servidora tinha relatado que estava com medo de trabalhar no mesmo ambiente que ele. O caso da procuradora agredida ocorreu justamente após esse processo administrativo ser publicado no Diário Oficial do município ontem (21).

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O presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil/Secional de São Paulo (OAB-SP) determinou a instauração de ofício de representação contra o acusado, que deve comparecer para se manifestar sobre os fatos para deliberação do tribunal competente, que deve concluir o processo no prazo máximo de 90 dias, segundo nota divulgada.

*com informações da Agência Brasil

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