Segundo o Ministério da Saúde, o número de casos de Aids está em queda no Brasil nos últimos anos. Porém, houve aumento de infecção por HIV entre os jovens
Mylena Lira Publicado em 04/12/2022, às 23h01
O número de casos de Aids está em queda no Brasil nos últimos anos, segundo Boletim Epidemiológico sobre a doença, que não tem cura, divulgado na última quinta (1º) pelo Ministério da Saúde. No ano passado, foram registrados 40.880 casos, enquanto até junho de 2022 foram 16.703. Houve queda, ainda, de 24,6% no coeficiente de mortalidade por Aids padronizado, que passou para 4,2 óbitos por 100 mil habitantes em 2021.
Porém, aumentou a infecção por HIV entre os jovens, principalmente do sexo masculino na faixa etária de 14 a 29 anos. Entre 2011 e 2021, as notificações de homens com Aids com essas idades suviu de 6.641 ao ano para 7.979, o que representa alta de 20%. Houve queda entre as mulheres, mas o total também é expressivo.
Quando analisado o período de 2019 a 2021, a queda de casos no Brasil foi puxada pelas regiões Sul (15,4%) e Sudeste (15,3%), especialmente pelo estado de São Paulo, pois a redução da incidência da doença nos municípios paulistas foi de quase 40%. Mas houve diminuíção de Aids na maioria dos estados. Apenas cinco apresentaram aumento:
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Passado o novembro azul, que lembra da necessidade de homens darem atenção à saúde, o mês de dezembro é destinado à prevenção da Aids, por isso é chamado de dezembro vermelho. Na última quinta-feira foi celebrado o Dia Mundial de Luta contra a Aids, data na qual o Ministério da Saúde lançou campanha nacional para reforçar a importância de prevenir a doença.
Apesa dos casos de Aids em queda no Brasil, não é possível dar bobeira. A estimativa de 2021 do Ministério da Saúde mostra que 960 mil pessoas estão vivendo com HIV no Brasil e cerca de 727 mil estão em tratamento.
Com o tema Quanto mais combinado, melhor!, a campanha de 2022 foca nos jovens de 15 a 24 anos, um dos públicos mais afetados. A iniciativa visa reforçar a disseminação de informações sobre o uso combinado de novos métodos de prevenção, como as profilaxias pré e pós exposição (PrEP e PEP). A estratégia também prioriza a promoção do uso de preservativos e do incentivo à testagem regular, fundamental para a detecção precoce do vírus entre a população mais jovem.
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O Ministério da Saúde vai distribuir, a partir de janeiro de 2023, o medicamento dolutegravir 5 mg para crianças vivendo com HIV/Aids com mais de quatro semanas de vida. De acordo com o Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2022, a taxa de detecção da doença em menores de cinco caiu 66% nos últimos dez anos.
Todavia, a taxa de detecção de HIV em gestantes aumentou 35% no mesmo período. Para redução da transmissão vertical, o órgão afirma que investe na qualificação do cuidado, acompanhamento e detecção precoce da doença. O Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical fortalece as gestões locais do SUS para aprimorarem ações de vigilância, diagnóstico, assistência e tratamento das gestantes, além da capacitação de profissionais de saúde.
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