A Copa do Mundo 2022 começou no último domingo (20) e as polêmicas em torno do maior campeonato de futebol do mundo, que tiveram início antes mesmo do pontapé inicial, continuam presentes na competição
Mylena Lira Publicado em 23/11/2022, às 20h19
A Copa do Mundo 2022 começou no último domingo (20) e as polêmicas em torno do maior campeonato de futebol do mundo, que tiveram início antes mesmo do pontapé inicial, continuam presentes na competição. A Alemanha, que estreou hoje com derrota para o Japão, fez um protesto silencioso em campo porque a Fifa proibiu capitães dos times de usarem braçadeira com a inscrição "One Love" em apoio à causa LGBTQIA+.
O jornal Marsal Catar fez uma publicação no Twitter ironizando a atitude dos jogadores da Alemanha. "Eles fecharam a boca, mas esqueceram o gol", diz a mensagem. Confira o post:
اغلقوا افواههم ولكن نسوا مرماهم 🎯 #مرسال_قطر | #كأس_العالم_قطر_2022 #FIFAWorldCup | #Qatar2022 pic.twitter.com/CD2vH1zjzF
— مرسال قطر (@Marsalqatar) November 23, 2022
No evento de abertura, O Emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, afirmou que todos seriam recebidos de braços abertos. "As pessoas, por mais que sejam de culturas, nacionalidades e orientações diferentes, vão se reunir aqui no Catar. Que beleza juntar essas diferenças todas", ressaltou.
Contudo, a comunidade LGBTQIA+ é apenas "tolerada", como o ex-jogador da seleção do Catar e embaixador da Copa do Mundo Khalid Salman disse recentemente. No início de novembro, em entrevista a uma emissora alemã, Khalid afirmou que a homossexualidade é "dano mental" e um pecado.
A homossexualidade é considerada um crime no Catar, país sede do mundial, punida com oito anos de prisão. Por lá, também se aplica a pena de morte para esse delito. A falta de respeito aos gays fez com que diversas equipes da Europa aderissem à campanha "One Love", definindo uma braçadeira com as cores do arco-íris que seria usada pelo capitão de cada time. A iniciativa, porém, foi vedada pela Fifa por pressão do Catar.
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Cerveja e futebol é a combinação perfeita para muitos torcedores. Porém, o consumo da bebida é um desafio à parte para quem foi para o Catar ver os jogos da Copa do Mundo. O país sede é muçulmano e tem controle rígido sobre o uso do álcool e, além disso, o preço da cerveja será o mais caro da história dos mundiais.
Lá, é proibido beber nas ruas. Apenas alguns restaurantes e hotéis têm autorização para vender bebida alcoólica. Incialmente, o Catar liberou a venda de apenas quatro cervejas por pessoas, mas em área restrita que compreendia o perímetro entre o controle de segurança e a catraca. Contudo, poucos dias antes do início, o país sede proibiu a venda de cerveja com álcool nos estádios.
O consumo foi liberado somente dentro do camarote e no Fifa Fan Festival, um área de festa com telões que exibem os jogos. Porém, além de coragem para enfrentar filas demoradas, os torcedores precisam ter coragem de pagar o preço cobrado pela bebida.
O Catar vende a cerveja mais cara de todas as Copas. O copo de meio litro da Budweiser, que patrocina o evento, custa US$ 14,00, o equivalente a R$ 73,00. Esse custo é 247% maior quando comparado com o valor da bebida vendida na última Copa, na Rússia, em 2018. Quatro anos atrás, a cerveja custava R$ US$ 6,00 (R$ 21,00 no câmbio da época).
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O evento deste ano pode ser o último com 32 seleções. Há a proposta de serem 48 no mundial de 2026, previsto para acontecer em três países: Canadá, México e Estados Unidos. Só a partir da Copa de 1954 é que houve uma definição no número de seleções em cada torneio.
Nos anteriores, ele variou: 16 em 1934, 15 em 1938 e 13 em 1950. Quatro anos depois, e até 1978, o Mundial passou a ter 16 seleções, número ampliado para 24, de 1982 a 1994. A partir do Mundial disputado nos EUA, em 1994, a competição passou a ter 32 equipes.
A competição começou em 20 de novembro e a final será disputada no dia 18 de dezembro. Em geral, o campeonato é realizado em julho, mas pela 1ª vez ocorre no final do ano por conta do clima muito quente no Catar no meio do ano, o que fez com que a Copa fosse iniciada mais tarde neste ano.
Na Copa do Mundo 2022, os torcedores vão ver pela primeira vez um jogador da seleção brasileira jogar o mundial com uma camisa de número 24. A CBF confirmou a informação no último dia 10 e já foi divulgado até o nome do jogador escolhido para vestir essa camisa: o zagueiro do Juventus e da seleção brasileira, Gleison Bremer, de 25 anos.
A decisão da CBF de incorporar o número 24 ao time visa acabar com a segregação e o preconceito. Isso porque, historicamente, no Brasil o número tem conotação homofóbica, uma vez que o 24 é o número do veado no jogo do bicho. A pronúncia da espécie do animal é usada como xingamento, principalmente, contra os homens que se relacionam com outros homens.
Veja a seguir a numeração de todos os jogadores escalados para a Copa do Catar:
Um estudo realizado pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, indica que o Brasil tem muita chance de se tornar o campeão da Copa do Mundo de 2022 e trazer o hexa para casa. Segundo o levantamento, a seleção brasileira deve enfrentar a Bélgica na final, sendo favorito ao título com 61,3% de probabilidade de ganhar.
Para chegar nesse ponto, o time canarinho enfrentaria e derrotaria a Argentina na semifinal. Porém, nesse combate, o favoritismo é menos acentuado. Os hermanos teriam 48,4% de chance de vencer a partida e o Brasil, 51,6%. O estudo foi feito com base em um modelo matemático criado pelo doutor e pesquisador do instituto de matemática de Oxford, Joshua Adam Bull. Saiba como a projeção foi feita clicando aqui.
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