Além da queda da inflação, a confiança do consumidor melhora por conta da redução da taxa de desemprego
Victor Meira Publicado em 25/08/2022, às 11h13
Nos últimos dois meses, a inflação, finalmente, perdeu força. Em julho, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) apresentou uma deflação de 0,68%, enquanto que o IPCA-15 de agosto, prévia da inflação, teve uma variação negativa de 0,73%. Logo, a inflação foi de 11,89%, em junho, para 9,60% em agosto.
Diante destes dados, a confiança do consumidor voltou a subir. Pelo menos é o que revela o ICC (Índice de Confiança do Consumidor) do FGV-Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas). O indicador subiu 4,1 pontos em agosto e foi para 83,6 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 2,7 pontos, para 80,7 pontos.
A Coordenadora das Sondagens do FGV-Ibre, Viviane Seda Bittencourt, explica que a confiança dos consumidores avançou devido à percepção de uma melhora no ambiente econômico a curto prazo, com a redução na taxa de desemprego e desaceleração da inflação.
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Isso contribui para o aumento do ímpeto de compras, que ocorre de forma mais intensa para as classes de renda mais altas. Contudo, o cenário político ainda pode gerar turbulência nos próximos meses.”, afirma Bittencourt.
Nos dados secundários do Índice de Confiança do Consumidor, os destaques são para a melhora da situação atual do consumo e da situação financeira das famílias.
“O resultado positivo deve-se a uma melhora difusa da confiança para as quatro faixas de renda. A principal melhora foi para os consumidores que possuem renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00 que, em agosto de 2022, alcançaram seu melhor resultado desde setembro de 2020 (78,3 pontos), ao subir 5,4 pontos para 77,8 pontos”, indica o relatório do FGV-Ibre.
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