A maioria dos votos segue a linha de raciocínio delineada por Gilmar Mendes. Julgamento continua para colher os votos restantes. Deputada está internadacom diverticulite aguda
Pedro Miranda Publicado em 18/08/2023, às 21h39
Na tarde desta sexta-feira (18), a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) emitiu votos favoráveis à decisão de tornar ré a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), acusada pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com o uso de arma de fogo.
Com um placar de 6 votos a 1, a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a parlamentar foi aceita até o momento. O episódio em foco remonta ao incidente em que Zambelli sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022. A perseguição iniciou após um intercâmbio de provocações entre Zambelli e Luan durante um evento político no bairro dos Jardins, em São Paulo.
O julgamento continua para colher os votos restantes. A análise do caso está sendo conduzida no plenário virtual do STF, um formato que permite aos ministros inserirem seus votos em um sistema eletrônico, dispensando a necessidade de deliberação presencial. A sessão virtual prossegue até 21 de agosto, contando com a participação dos onze ministros da Corte.
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O relator do processo, Gilmar Mendes, juntamente com os ministros, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Cristiano Zanin e Luís Roberto Barroso, votaram a favor da aceitação da denúncia. No entanto, André Mendonça optou por encaminhar as acusações para a primeira instância da Justiça.
A maioria dos votos segue a linha de raciocínio delineada por Gilmar Mendes. O relator argumentou haver indícios substanciais para justificar a abertura de uma ação penal contra Carla Zambelli. Mendes enfatizou que, mesmo se a acusada possuísse porte de arma, o uso em um contexto público e evidente, especialmente próximo às eleições, poderia, em teoria, acarretar responsabilidade criminal.
A defesa de Carla Zambelli comunicou à Agência Brasil que aguardará a conclusão do julgamento para emitir uma declaração oficial sobre o desdobramento do caso.
Diverticulite aguda é uma condição médica caracterizada pela inflamação aguda ou infecção dos divertículos, que são pequenas bolsas ou saculações que se formam na parede do cólon (intestino grosso). Essa condição ocorre quando as bolsas se tornam obstruídas por fezes, alimentos ou detritos, resultando em irritação, inflamação e, por vezes, infecção da parede intestinal adjacente.
Os divertículos são mais comuns no cólon sigmoide, sendo uma parte do intestino grosso localizada na região inferior esquerda do abdômen. Quando essas bolsas se inflamam, pode levar a sintomas desconfortáveis e até mesmo graves.
Sintomas envolvem dor abdominal, febre e calafrios, alterações intestinais, náuseas e vômitos, sensibilidade abdominal ou alterações urinárias.
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