A ideia do Desenrola surgiu durante campanha eleitoral de Lula em 2022. O programa deve ajudar as famílias a voltarem ao mercado de crédito; veja detalhes
Pedro Miranda Publicado em 01/03/2023, às 20h11
Nesta quarta-feira (1º), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que o programa Desenrola, uma iniciativa do governo para renegociar dívidas de famílias de baixa renda, deverá ter seu modelo finalizado na próxima segunda-feira, em uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em entrevista ao UOL, Haddad explicou que embora o programa esteja sendo desenvolvido, os parâmetros ainda precisam ser validados, como até que valor de dívida será considerado, se haverá subsídio e até que ponto será voltado para a população de baixa renda, além de como será financiado.
O programa tem como foco as famílias com renda de até dois salários mínimos, e é esperado que seja operacionalizado com fundo garantidor, com recursos públicos, garantindo descontos nas dívidas. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal estão trabalhando na modelagem do programa do governo.
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Durante a campanha eleitoral de 2022, o presidente Lula propôs a criação de um programa que reduzisse o número de famílias brasileiras em situação de inadimplência. Assim surgiu a ideia do programa Desenrola, que está sendo desenvolvido pelo Ministério da Fazenda e tem como foco famílias de baixa renda.
De acordo com Haddad, a maioria das dívidas das pessoas físicas não é bancária, e uma grande parcela dessas pessoas tem renda de até dois salários mínimos. O programa ajudará essas famílias material e formalmente, permitindo que voltem ao mercado de crédito. Se acompanhado por uma redução das taxas de juros bancárias, isso poderá impulsionar o consumo e o investimento.
Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a proposta para criação do novo programa inclui a criação de um fundo garantidor de até R$ 20 bilhões para tornar a renegociação das dívidas dos brasileiros mais acessível.
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