Diretor da PRF, já investigado por omissão nas eleições, vira réu por improbidade administrativa

Silvinei Vasques, atual diretor da PRF, Polícia Rodoviária Federal,virou réu em ação cível movida pelo Ministério Público Federal (MPF) que o acusa de improbidade administrativa. O processo foi instaurado em 18 de outubro e alega que Vasques utilizou o cargo público dele para apoiar a então candidatura do futuro ex-presidente do país, Jair Bolsonaro, entre agosto e outubro.

A decisão do juiz federal José Arthur Diniz Borges determinou que Vasquez seja intimado em até 30 dias para "apresentar sua defesa". O MPF exigiu o afastamento imediato do diretor, mas se recusou a tomar medidas cautelares sob a alegação de que ele estava de férias até o dia 6 de dezembro.

Em decisão proferida nesta quinta-feira (24), o juiz complementou o despacho ao determinar a intimação da União Federal, em 15 dias, para “manifestar se há interesse no feito” e oficiar a gestão de pessoal da PRF para que informe, até o dia 7, “qual situação funcional do policial rodoviário federal Silvinei Vasques ao término do afastamento das férias”.

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Diretor da PRF fez publicações nas redes sociais em apoio a Bolsonaro

O documento da MPF destacou que “o requerido participou de eventos públicos oficiais, concedeu entrevista em meio de comunicação, bem como fez publicações em suas redes sociais, na qualidade de diretor-geral da PRF e usando da imagem da instituição, com vontade livre e consciente de promover efetivas manifestações, por vezes veladas e outras ostensivas, de apreço ao atual presidente da República e candidato à reeleição Jair Messias Bolsonaro”.

A inicial ainda acrescenta que a atitude de Silvinei Vasques teria “o fim de obter proveito de natureza político-partidária, inequivocamente demonstrado no pedido explícito de voto às vésperas do segundo turno da eleição presidencial”.

Em nota, a PRF informou que acompanha com naturalidade a determinação de citação ao diretor-geral, “uma vez que é o procedimento normal após representação formulada pelo órgão ministerial”. E que não sabe informar se Vasques já foi notificado da decisão, uma vez que ele se encontra de férias.

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