As matrículas do ensino superior cresceram na modalidade EAD após o primeiro ano de pandemia de covid-19; número de ingressos superaram o presencial
Jean Albuquerque | redacao@jcconcursos.com.br Publicado em 14/06/2022, às 20h40
O primeiro ano de pandemia no Brasil, fez as matrículas do ensino superior na modalidade de Ensino à Distância (EAD) aumentar 7,7 pontos de 2019 para 2020, o que representa um salto de 19,1% para 26,8%. Esses dados foram produzidos pelo Mapa do Ensino Superior no Brasil 2022, responsável por apresentar dados gerais de instituições de ensino superior (IES) privadas e públicas. Saiba detalhes.
Durante o mesmo período, as matrículas tiveram queda de 5,6 pontos percentuais, registrando queda de 9,4% em 2020. O levantamento realizado pelo Instituto Semesp ainda revelou que, 64,2% das matrículas do ensino superior é referente a cursos presenciais e foi registrada uma queda de 7,3 pontos percentuais de 2019 a 2020. Um impacto que foi motivado pela pandemia de covid-19, como afirma o Semesp.
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De acordo com o levantamento, o número de ingressos no EAD somou 2 milhões, ultrapassando pela primeira vez na história do Censo do Ensino Superior, as matrículas presenciais, que chegaram a 1,75 milhões.
Os recém-chegados ao ensino presencial caíram 13,9% e os recém-chegados ao ensino a distância aumentaram 26,2%. Os calouros correspondem aos calouros, enquanto os dados de matrícula incluem alunos em todos os períodos.
Sobre o impacto da pandemia no setor, 92% das instituições de ensino superior suspenderam as aulas presenciais em 2020, e 77% dessas instituições não retomaram as atividades presenciais naquele ano. De 2019 a 2020, o total de matrículas presenciais e a distância no país aumentou 0,9%.
Onze estados registraram aumento de matrículas no período, com o Rio de Janeiro apresentando o maior aumento (8,6%), seguido por Espírito Santo e Santa Catarina com aumento de 5,9%. As matrículas também aumentaram no Amapá, Ceará, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo.
Três estados da região sudeste – São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – juntos correspondem a 42,8% do total de matrículas no ensino superior do país, como mostrou a pesquisa.
A taxa líquida de matrículas do país, que mede o número total de jovens de 18 a 24 anos no ensino superior como porcentagem da população total na mesma faixa etária, é de apenas 17,8%. O Distrito Federal tem a maior taxa líquida de educação (30,4%) e o Maranhão a menor (9,9%). As regiões Sul e Sudeste são as únicas regiões onde todos os estados apresentam taxas líquidas de matrícula acima da média nacional. De 2019 a 2020, a taxa de evasão do ensino superior aumentou 4,2%. A taxa de abandono das redes públicas (12,2%) é superior à das redes privadas (2,8%).
*Com informações da Agência Brasil
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