Estoque de diesel do Brasil pode durar apenas 50 dias; Ministro diz que país está preparado

O ministro disse ainda que governo precisa de maior intervenção no mecanismo de precificação. Brasil pode receber, em até 60 dias, óleo diesel da Rússia

Pedro Miranda* | redacao@jcconcursos.com.br   Publicado em 12/07/2022, às 21h25

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Nesta terça-feira (12) o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida disse que o estoque do Brasil de óleo diesel está previsto para durar apenas 50 dias sem necessidade de importação. De acordo com Adolfo, o país está preparado para enfrentar eventuais restrições internacionais.

Sachsida acredita que as dificuldades de refino de petróleo no mundo levaram ao aumento dos preços dos combustíveis. O ministro disse ainda que o governo precisa de maior intervenção no mecanismo de precificação da Petrobras. Segundo ele, isso não é possível porque o ordenamento jurídico do país proíbe ações nesse sentido.

Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o ministro disse que se não puder importar mais petróleo, “o Brasil ainda tem 50 dias de diesel. Estamos bem preparados, bem posicionados e monitorando atentamente a evolução do cenário mundial”.

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Ministro foi convidado a prestar esclarecimentos sobre cenário do diesel no país

O ministro Sachsida foi convocado a prestar esclarecimentos ao CAE juntamente com o ministro da Economia, Paulo Guedes. A convocação se transformou em um convite dos senadores em junho, depois que a Petrobras anunciou um reajuste dos preços dos combustíveis.

Na segunda-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil pode receber, em até 60 dias, óleo diesel vindo da Rússia. "Está acertado que em 60 dias [o diesel russo] já pode começar a chegar aqui. Já existe essa possibilidade. A Rússia continua fazendo negócios com o mundo todo", disse Bolsonaro.

Tais preocupações são fruto de um impasse: em um esforço para controlar os preços dos combustíveis, a Petrobras desafiou a política de paridade de importação (PPI), atrasou reajustes e permitiu que valores finais fossem inferiores à média no exterior.

E, ao vender diesel a preços abaixo do mercado, as petrolíferas desencorajam as empresas importadoras a importarem diesel do exterior. Isso porque, para eles, tem que vender com prejuízo para concorrer com a Petrobras.

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