Estatísticas Monetárias e de Créditos, divulgada pelo Banco Central (BC) nesta segunda (29) aponta para maior taxa de juros para famílias e empresas
Jean Albuquerque Publicado em 29/08/2022, às 14h51
O Banco Central (BC) divulgou nesta segunda-feira (29) as Estatísticas Monetárias e de Crédito, que mostram que famílias e empresas pagaram taxas de juros mais altas em julho de 2023. Saiba mais detalhes.
Só para se ter uma ideia, a taxa média de juros para pessoas físicas na modalidade de crédito livre chegou a 51,5% ao ano, o que resultou em um aumento de 1,1 ponto percentual quando comparado a maio e de 11,7 pontos nos últimos 12 meses. No caso das empresas, a taxa livre obteve crescimento de 0,7 ponto percentual no mês e 8,1 pontos percentuais em 12 meses, o que significa 22,6% ao ano.
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No caso das pessoas físicas, o cartão de crédito foi um dos principais vilões, chegando a registrar alta de 2,1 pontos percentuais no mês e 78,7% ao ano. Quando analisado o crédito rotativo — quando o consumidor paga menos que o valor da fatura integral do cartão até 30 dias — o aumento foi de 1,6 ponto percentual no mês e 370% ao ano. Nesta situação, após os 30 dias há o parcelamento da dívida pelas instituições financeiras. A modalidade de cartão parcelado, obteve juros de 0,5 ponto para 173,2% ao ano.
Outros fatores que influenciaram para o aumento dos juros para as famílias foram as taxas de do cheque especial, registrando alta de 1,3 ponto percentual para 129,2% ao ano. O crédito pessoal não consignado, teve crescimento na taxa de 1,2 ponto e 87,5% ao ano.
Em relação às empresas, o crédito livre teve elevação de juros em quase todas as modalidades. Confira abaixo:
Houve queda no financiamento a importação em 3,7 pontos , para 8,8% ao ano, o cartão de crédito teve recuo de 1,9 e 2,9% ao ano.
O BC disse que a taxa de inadimplência, que leva em conta atrasos superiores a 90 dias, se manteve estável no longo prazo, com pouca oscilação em 2,7%. No negócio de crédito pessoal, o rácio foi de 3,5% e no segmento de empresas foi de 1,4%.
Na série histórica iniciada em janeiro de 2005, o endividamento das famílias, relação entre o saldo devedor acumulado em 12 meses e a renda, atingiu recorde de 52,8% em maio, refletindo o aumento das concessões de crédito. Excluindo os financiamentos imobiliários que exigem rendimentos significativos, foi de 33,5% no mês.
O comprometimento de renda, que é a relação entre o valor médio de amortização da dívida e a renda média calculada para o mês, foi de 27,6% no mês. Para o último desses números, a defasagem no mês de divulgação é maior, pois o banco central conta com dados de renda das famílias fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
* Com Agência Brasil
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