As armas são extremamente pesadas e difíceis de transportar. Militares teriam furtado 21 dessas armas do quartel do Exército, e até o momento, 17 delas foram encontradas pelas autoridades
Pedro Miranda Publicado em 21/10/2023, às 12h53
Na madrugada deste sábado (21), a polícia em São Roque (SP) descobriu nove das metralhadoras pertencentes ao Exército que haviam sido roubadas por militares em setembro de um quartel em Barueri, Grande São Paulo. As armas estavam escondidas em um lamaçal em uma área de mata, tendo sido recuperadas a tempo de evitar que caíssem nas mãos de criminosos.
O armamento recuperado consiste em quatro metralhadoras calibre 7,62 e cinco metralhadoras calibre .50, conhecidas pela capacidade ofensiva e alcance, podendo até derrubar aeronaves. Os militares teriam furtado um total de 21 dessas armas do quartel do Exército, e até o momento, 17 delas foram encontradas pelas autoridades.
Conforme o delegado Marcelo Prado, responsável pelo 1º DP de Carapicuíba, informou ao g1, as armas são extremamente pesadas e difíceis de transportar. Portanto, estavam ocultas na lama, completamente encharcadas. "E os indivíduos que estavam lá iam carregar um veículo com as armas. Só que nós chegamos antes", disse o delegado.
As informações levaram a polícia a descobrir que os criminosos planejavam entregar o armamento entre sexta-feira (20) e sábado (21) em São Roque. Quando a polícia chegou ao local, os suspeitos já estavam armados e abriram fogo contra os policiais, que reagiram. Ninguém ficou ferido no confronto, e os criminosos conseguiram fugir.
Além das metralhadoras recuperadas em São Roque, outras oito já haviam sido localizadas pela Polícia Civil no Rio de Janeiro na última quinta-feira (19). No entanto, quatro metralhadoras continuam desaparecidas e continuam sendo procuradas pelas autoridades.
O general Maurício Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste, disse ao g1 que as metralhadoras recuperadas passarão por perícia da polícia e, posteriormente, serão devolvidas ao Exército. No entanto, ele descartou a implementação de um esquema especial de proteção para as armas, destacando a importância das medidas de segurança já em vigor.
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