Os reajustes salariais ficaram na média de 11,9%, o mesmo da inflação de julho, cuja remuneração média ficou em R$ 1.523
Victor Meira Publicado em 26/08/2022, às 09h38
A inflação tem sido o grande vilão dos trabalhadores no biênio 2021/2022. Além dos preços mais altos, parte dos reajustes salariais não conseguem superar o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), indicador usado para atualizar a remuneração dos funcionários. Para ser mais preciso, 48,1% dos reajustes salariais ficaram abaixo do índice.
Pelo menos é o que revela o boletim Salariômetro - Mercado de Trabalho e Negociações Coletivas publicado mensalmente pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Na média, os reajustes salariais ficaram em 11,9%. Inclusive, este é o mesmo número do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do mês de julho, que é considerada a taxa de inflação oficial do Brasil.
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Em relação aos valores, o piso mediano dos salários ficaram em R$ 1.523, valor 25,7% acima do salário mínimo.
O estudo revela que em 33,2% das negociações, o percentual de reajuste ficou acima da inflação, volume quase duas vezes maior do que o verificado nos últimos 12 meses (17%).
No período pesquisado, 289 instrumentos, sejam eles acordos ou convenções, foram assinados com reajuste. No ano, as negociações somam 10.706 e, nos últimos 12 meses, 16.703.
Por setor, a indústria de joalheria teve reajuste real mediano de 0,93%, considerando o período de janeiro a julho.
Já o pior resultado foi observado para os trabalhadores das empresas jornalísticas, que tiveram reajuste médio real negativo de 4,19%. Além de não ter conseguido repor, reduziu a remuneração em relação ao ano anterior.
A Fipe traz na divulgação uma prévia de agosto, indicando que 70,3% das negociações terão reajustes menores que o INPC; 1,7% serão iguais e 20% maiores que a inflação. A entidade alerta que os resultados da prévia estão sujeitos a flutuações e podem alterar com a inclusão de mais instrumentos. Até o fechamento, apenas 60 haviam sido tabulados.
*com informações da Agência Brasil
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