Funcionários receberam a notícia por telegrama, mas a montadora não especificou o número exato de trabalhadores impactados. Sindicato exigiu o cancelamento das demissões
Pedro Miranda Publicado em 21/10/2023, às 16h05
A General Motors (GM) anunciou uma série de demissões em três de suas fábricas no Brasil: São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes, todas localizadas no estado de São Paulo. Os funcionários receberam a notícia por telegrama, mas a montadora não especificou o número exato de trabalhadores impactados.
Conforme a GM, as demissões são uma resposta à queda nas vendas e nas exportações. A montadora afirmou que a decisão foi tomada após várias tentativas de lidar com a situação, incluindo medidas como layoff, férias coletivas e a proposta de um programa de demissão voluntária.
A GM reconheceu o impacto que essas demissões terão na vida das pessoas, mas argumentou que a adequação é necessária para garantir a sustentabilidade futura da empresa.
Os sindicatos dos trabalhadores nas fábricas afetadas expressaram surpresa com a medida e alegaram que não houve negociação prévia sobre os cortes. Em Mogi das Cruzes, a GM chegou a oferecer um Plano de Demissão Voluntária, mas a proposta não foi aceita pela categoria.
Em São José dos Campos, cerca de 1,2 mil trabalhadores já estavam em layoff desde julho, com a suspensão temporária de seus contratos de trabalho. O prazo para a duração do layoff pode chegar a 10 meses, dependendo da avaliação da empresa.
O sindicato de São José dos Campos exigiu o cancelamento das demissões e a reintegração dos trabalhadores, alegando que a ação da empresa foi arbitrária e violou um acordo de estabilidade.
Veja nota na íntegra da GM:
"A queda nas vendas e nas exportações levaram a General Motors a adequar seu quadro de empregados nas fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes. Esta medida foi tomada após várias tentativas atendendo as necessidades de cada fábrica como, lay off, férias coletivas, days off e proposta de um programa de desligamento voluntário".
"Entendemos o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro".
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