Empréstimo consignado do Auxílio Brasil é destinado para as famílias em vulnerabilidade social para ajudar no pagamento das dívidas
Victor Meira Publicado em 29/09/2022, às 10h54
O empréstimo consignado vinculado ao Auxílio Brasil está liberado desde o dia 27 de setembro. Contudo, muitas pessoas ainda têm dúvidas acerca deste benefício, principalmente quanto a forma de pagamento e os juros aplicados.
Diante disso, o JC Concursos acessou a portaria Nº 816, que regula a nova modalidade de empréstimo, para apresentar as principais informações.
Um dos temas mais polêmicos e que preocupavam parte da população eram os juros. O empréstimo consignado é conhecido por ter uma taxa mais reduzida em comparação com outras modalidades. Por exemplo, o consignado do Banco Sicredi é de 0,82% ao mês, que somado dá 10,34% ao ano. Enquanto que o do Bradesco é de 1,13% ao mês, cuja taxa anual fica em 14,38%.
Comparado com empréstimo pessoal, ele é bem mais baixo. Um levantamento da Exame Invest cita que o Itaú e o Santander têm uma taxa mensal de 8,18% e 7,89%, respectivamente. Os outros bancos oferecem uma taxa semelhante.
+Auxílio Brasil: Caixa faz penúltimo pagamento da parcela de setembro de R$ 600
A portaria está meio termo. O documento estabelece um limite de juros de 3,5% ao mês. Embora a instituição financeira possa reduzir essa porcentagem.
Em relação ao valor, é preciso ficar atento ao que diz a legislação. Apesar do governo federal ter liberado um valor de R$ 600 do Auxílio Brasil em julho de 2022, a Lei 14.431 orienta que a parcela está limitada em até 40% do repasse permanente de R$ 400.
Vale destacar que os R$ 600 é temporário e será pago até o final de 2022. Entretanto, os candidatos líderes das pesquisas eleitorais, Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), prometem a manutenção dos R$ 600.
Com a lei limitando o valor de R$ 400, o beneficiário poderá descontar até R$ 160 mensais, num prazo máximo de 24 meses.
+Mega-Sena: ninguém acerta e prêmio está acumulado em R$ 300 milhões; veja os números
“O objetivo do empréstimo consignado é permitir que famílias do Auxílio Brasil, hoje sem acesso a crédito – muitas delas endividadas e pagando juros altos –, possam reorganizar-se financeiramente, empreender e buscar autonomia”, cita o Ministério da Cidadania.
Um estudo da pasta revela que 70% das famílias em situação de vulnerabilidade não têm acesso a crédito com juros baixos. “Quando perguntadas sobre como usariam os recursos, a maior parte das pessoas responde que pretende investir em um negócio próprio, buscando autonomia para melhorar a qualidade de vida”, explica o Ministério da Cidadania.
+++Acompanhe as principais informações sobre Sociedade no JC Concursos
Sociedade Brasil