Negociações resultaram em proposta de aumento apenas nos benefícios, sem contemplar aumentos nos salários este ano. Impasse persiste entre governo e categoria
Pedro Miranda Publicado em 16/05/2024, às 11h27
Após a quinta rodada de negociações entre o governo e representantes dos professores das instituições federais de ensino superior, realizada na última quarta-feira (15), a decisão sobre o reajuste salarial para 2024 permanece sem consenso, mantendo a greve iminente.
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A Mesa Específica Temporária de Carreira, responsável por debater as demandas dos servidores, não chegou a um acordo satisfatório. A categoria, que representa atualmente 54 instituições paralisadas, havia encaminhado seus pleitos na segunda-feira (13), após assembleias gerais realizadas entre 29 de abril e 2 de maio.
O governo, em resposta às demandas dos servidores, propôs aumentos apenas nos benefícios, com um aumento expressivo no auxílio-alimentação, auxílio-creche e assistência à saúde. No entanto, a proposta não contemplou reajustes nos salários para este ano, sugerindo um aumento gradual nos anos seguintes, com 4,5% previstos para 2025 e 2026.
Essa contraproposta não foi bem recebida pela categoria, que buscava reajustes salariais mais substanciais, incluindo um aumento de 7,06% em 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% para maio de 2026.
O presidente dos Andes, Gustavo Seferian, expressou sua insatisfação com a proposta governamental, destacando que as medidas não atendem às demandas prioritárias dos professores e professoras em greve, além de não apresentarem um impacto orçamentário significativo.
Diante desse impasse, a continuidade da greve parece inevitável até que um acordo satisfatório seja alcançado entre as partes envolvidas.
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