A mobilização será reforçada a partir do dia 1º de julho com a adesão de outros 17 estados. Trabalhadores envolvidos são do Ibama, ICMBio, Serviço Florestal Brasileiro e MMA
Pedro Miranda Publicado em 24/06/2024, às 15h13
A partir desta segunda-feira (24), servidores federais do setor ambiental iniciaram uma greve abrangendo 21 estados, com previsão de extensão até o dia 1º de julho. O movimento começou em Paraíba, Pará, Acre e Rio Grande do Norte, e também na sede do Ministério do Meio Ambiente (MMA) em Brasília.
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A mobilização será reforçada a partir do dia 1º de julho com a adesão de outros 17 estados: Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Tocantins, Minas Gerais, Maranhão, Piauí, Pernambuco, Ceará, Alagoas e Rondônia. Além desses, servidores do Distrito Federal, fora do MMA, também participarão.
Os trabalhadores envolvidos são do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Serviço Florestal Brasileiro e MMA. A greve surge após seis meses de negociações infrutíferas com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
A Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional) afirma que a proposta do MGI foi rejeitada em todas as assembleias locais, pois não atendeu às principais reivindicações dos servidores. O presidente da Ascema, Cleberson Zavaski, criticou a falta de interesse do governo federal em reestruturar adequadamente a carreira dos especialistas em Meio Ambiente, o que, segundo ele, resultará em prejuízos para o próprio governo e os setores regulados.
Durante a greve, apenas ações essenciais e emergenciais serão mantidas com um número mínimo de servidores. Os grevistas exigem não apenas um reajuste salarial, mas uma reestruturação que alinhe suas carreiras com as de outras áreas de responsabilidade e complexidade semelhantes.
Uma das principais demandas é a equiparação salarial com as carreiras de nível superior da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Atualmente, os servidores da ANA possuem salários iniciais superiores aos dos especialistas em meio ambiente, mesmo com atribuições similares.
O MGI apresentou uma contraproposta que inclui a criação de uma nova tabela salarial com 20 níveis, permitindo que a remuneração dos especialistas alcance e até supere a dos servidores da ANA nos níveis mais altos. A Ascema aceitou a criação da tabela e os percentuais propostos para Gratificações de Qualificação, adiando a discussão sobre a Gratificação por Atividade de Risco.
Desde janeiro, atividades de fiscalização e licenciamento ambiental já estavam suspensas, mas a greve nacional promete ampliar a paralisação para todos os serviços, incluindo os administrativos.
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