O maior impacto em agosto veio do setor de Habitação, com destaque para a energia elétrica residencial. Essa tendência não se limita apenas à cidade de São Paulo
Pedro Miranda Publicado em 19/09/2023, às 18h05 - Atualizado em 20/09/2023, às 09h40
Os consumidores da capital paulista têm razões para sorrir enquanto fazem suas compras de supermercado em 2023, pois diversos itens essenciais nas listas de compras estão mais acessíveis do que nunca.
Os dados de inflação medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelaram que produtos como cebola, óleo de soja, batata-inglesa, alcatra, feijão-carioca e contrafilé estão apresentando quedas significativas de preço desde o início do ano na cidade de São Paulo.
A estrela da queda de preços é a cebola, que lidera a lista dos produtos com a maior redução no prato dos paulistanos. Desde o início do ano, o preço da cebola caiu impressionantes 30,4%. Em seguida, vêm o óleo de soja (-29,2%), a batata-inglesa (-18,7%), a alcatra (-16,7%), óleos e gorduras (-16,6%), o feijão-carioca (-15,6%), o contrafilé (-14,5%) e a paleta (-11,9%).
Outros produtos que também viram uma redução de cerca de 10% em seus preços na capital paulista incluem o tomate (-10,6%), o frango em pedaços (-10,3%) e o acém (-9,8%).
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Dados nacionais indicam uma retração expressiva e constante nos últimos três meses no grupo de alimentos e bebidas. Em agosto, esse grupo registrou uma queda de 0,85%, principalmente devido à redução nos preços da alimentação no domicílio (-1,26%).
Entre os produtos que se destacam estão a batata-inglesa (-12,92%), o feijão-carioca (-8,27%), o tomate (-7,91%), o leite longa vida (-3,35%), o frango em pedaços (-2,57%) e as carnes (-1,90%).
Em termos gerais, a inflação de agosto ficou em 0,23%, abaixo das expectativas do mercado, mas 0,11 ponto percentual acima da taxa de julho, que foi de 0,12%. No acumulado do ano, o IPCA registra uma alta de 3,23%. O maior impacto em agosto veio do setor de Habitação, com destaque para a energia elétrica residencial, que teve um aumento de 4,59% e impacto de 0,18 ponto percentual no índice geral.
André Almeida, gerente do IPCA/INPC, explicou que o aumento na energia elétrica foi influenciado principalmente pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu, referente a um saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica de Itaipu em 2022, que foi incorporado nas contas de luz de todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional em julho e que não está mais presente em agosto.
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