Inflação volta a subir em maio, puxada pela gasolina: cuidado com o bolso

A prévia da inflação oficial do Brasil subiu para 0,44% em maio, mais do que o dobro do mês anterior (0,21%). Esse aumento, o maior desde fevereiro, é impulsionado principalmente pelo preço da gasolina, que subiu 1,9% no período e contribuiu com 0,09 ponto percentual (p.p.) para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). Os dados foram divulgados nesta terça-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Essa alta interrompe a sequência de 2 quedas consecutivas do IPCA-15 e coloca o índice dentro da meta do governo, que é de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. No acumulado de 12 meses, a inflação está em 3,70%, abaixo dos 3,77% dos 12 meses anteriores.

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O setor de transportes, com a gasolina como principal vilão, foi o que mais pressionou a inflação em maio. Além da gasolina, as passagens aéreas também tiveram alta significativa, de 6,04%. Já no setor de saúde e cuidados pessoais, a alta foi puxada pelos produtos farmacêuticos, que subiram 2,06% após a autorização do governo para reajuste de até 4,50% nos preços a partir de 31 de março.

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Vale destacar que a metodologia para cálculo do IPCA-15 é a mesma do IPCA, a inflação oficial do país. A diferença reside no período de coleta dos preços, que para a prévia de maio foi entre 16 de abril e 15 de maio. O índice considera uma cesta de produtos e serviços para famílias com renda entre um e 40 salários mínimos.

A coleta de dados para a prévia de maio foi impactada pelas inundações na região metropolitana de Porto Alegre. Diante da calamidade, os pesquisadores do IBGE precisaram intensificar a coleta por meios remotos, como telefone e internet.

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