IPCA: Frutas, leite e derivados ficam mais caros; veja dados da inflação

Passagens aéreas também ficaram mais caras, indica o IPCA. Por outro lado, tubérculos, raízes e hortaliças caíram 15,62% em julho

Pedro Miranda   Publicado em 09/08/2022, às 16h11

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (9) os dados da inflação oficial do Brasil. De acordo com o órgão, os preços do setor de alimentos e bebidas continuam em alta apesar da deflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 0,68% em julho. As altas de 25,46% do leite longa vida e de 14,06% nos derivados pesaram no grupo, que subiu 1,30% no mês.

De acordo com o gerente de pesquisa Pedro Kislanov, o grupo teve sua maior variação positiva em junho, após um aumento de 0,80% em junho, período de entressafra do leite, que foi mais forte do que nos últimos anos, mas também pelo crescimento dos custos do produtor, incluindo transporte e eletricidade.

Em junho, o leite de longa vida aumentou 10,72%. O preço do produto aumentou 77,84% no ano e chegou a 66,46% em 12 meses. Derivados como queijo (5,28%), manteiga (5,75%) e leite condensado (6,66%) também subiram em julho. A alimentação doméstica acelerou para 1,47% em julho, de 0,63% em junho, com o aumento do leite. A alimentação fora de casa, por outro lado, caiu para 0,82% ante 1,26% em junho.

O maior aumento no mês foi de 4,40%, e o acumulado em 12 meses foi de 35,36%. Por outro lado, tubérculos, raízes e hortaliças caíram 15,62% em julho, com destaque para tomate (-23,68%), batata (-16,62%) e cenoura (-15,34%). No entanto, em um período de 12 meses, os tomates ficaram 7,45% mais caros do que há um ano, as batatas ficaram 66,82% mais caras e as cenouras 37,82% mais caras. As cebolas acumularam até 75,15% nesse período.

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Passagens aéreas também ficaram mais caras, indica o IPCA

De acordo com o IBGE, a queda do IPCA deve-se aos menores preços dos combustíveis, já que os preços da gasolina caíram 15,48% em julho, o etanol caiu 11,38% e os preços do gás veicular caíram 5,67%. O grupo transportes subiu para -4,51% em julho ante 0,57% em junho. O acumulado do ano registra -1%.

Por outro lado, também no grupo transportes, os preços das passagens aéreas tiveram o segundo maior impacto positivo no índice, com alta de 8,02% no mês e de 77,68% em 12 meses. O grupo vestuário desacelerou de 1,67% para 0,58% no mês, e os preços do algodão caíram. Saúde e cuidados pessoais caiu para 0,49% em julho de 1,24% em junho, devido a menores mudanças nos planos de saúde e uma queda de 0,23% nos produtos de higiene pessoal.

O grupo de despesas pessoais passou de 1,13% para 0,49%, com aumentos principalmente para empregados domésticos (1,25%) e cigarros (4,37%). Os preços das residências caíram 1,05%, impulsionados por uma redução de 5,78% no uso residencial de eletricidade.

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