O novo recurso reunirá vários grupos no mesmo espaço. Bolsonaro teria tentado antecipar atualização de mega grupos do Whatsapp no país; saiba mais
Pedro Miranda* | redacao@jcconcursos.com.br Publicado em 06/05/2022, às 18h01
O aplicativo de mensagens Whatsapp anunciou que vai aumentar o tamanho máximo do grupo para 512 pessoas. Mas no Brasil, os usuários terão que aguardar mais um pouco. As mudanças só deverão ser feitas após as eleições em outubro deste ano.
A empresa disse que baseada inteiramente nas estratégias de longo prazo para o Brasil, “a funcionalidade só será implementada após ser testada em outros mercados, de acordo com o calendário já divulgado para as Comunidades no WhatsApp”. O novo recurso reunirá vários grupos no mesmo espaço.
Os usuários poderão ver quais tópicos estão sendo discutidos em diferentes salas de bate-papo e escolher em qual participar. Como a plataforma permanece privada, novas comunidades não podem ser pesquisadas ou descobertas, como é feito em outras redes sociais, como o Facebook, que é de propriedade da mesma empresa, a Meta.
Está sendo desenvolvido um mecanismo para administradores que poderão deletar mensagens ou arquivos de mídia abusivos ou inapropriados para todos os membros do grupo - o que não é permitido na versão atual.
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De acordo com a CNN, Bolsonaro teria tentado antecipar os megagrupos no Brasil.
Segundo informações fornecidas à CNN pelo Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma última tentativa de lançar o recurso antes da eleição, quando se reuniu com representantes da plataforma no dia 27 de abril.
Bolsonaro também teria questionado se o Whatsapp poderia testar o aplicativo no Brasil ainda este ano, mesmo que não pudesse implementá-lo antes das eleições, disseram interlocutores ao jornal. Nesse ponto, os executivos sugeriram que poderiam realizar testes em pequena escala no Brasil, mas não especificaram quando isso aconteceria.
Após ouvir relatos de que a implantação de "Comunidades" no Brasil não seria possível antes das eleições, e por questões de mercado alheias ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decisão global da empresa, o presidente considerou o assunto como encerrado.
A decisão de adiar o lançamento não foi resultado do acordo planejado da empresa com o TSE para combater a disseminação de fake news. A medida, tomada com exclusividade pela empresa, visa a "confiabilidade do funcionamento do recurso e sua estratégia de negócios de longo prazo".
O memorando de entendimento, assinado em 15 de fevereiro, prevê uma série de iniciativas da plataforma, mas não menciona mega grupos de conversas. A informação foi confirmada pela Assessoria de Imprensa do TSE. Na época, o CEO do WhatsApp, Will Carhcart, prometeu não implementar grandes mudanças até o período eleitoral.
*Estagiário sob supervisão do jornalista Jean Albuquerque
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