Levantamento do JC Concursos realizado a partir de dados do Ministério da Economia, mostra diferenças entre governos Lula e Bolsonaro; veja detalhes
Jean Albuquerque Publicado em 09/10/2022, às 14h52 - Atualizado às 16h37
Próximo ao segundo turno das eleições 2022 — marcado para acontecer no dia 30 de outubro — em uma disputa polarizada entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), o JC Concursos, sem a intenção de influenciar na decisão do eleitor, apresenta dados socioeconômicos efetivos que mostram as diferenças entre os governos.
Segundo as fontes utilizadas para realizar as comparações, que foram o próprio Ministério da Economia, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), além de economistas conceituados, o candidato petista apresentou melhor desempenho em algumas áreas da economia do país em seu primeiro mandato, que corresponde ao período de 2003 a 2006, ante o período entre 2019-2022, do governo Bolsonaro.
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De acordo com o levantamento inédito realizado por este jornal, o ex-presidente apresenta melhor resultado no Produto Interno Bruto (PIB), inflação, desemprego, no crescimento consolidado do IBOVESPA, frente a correlação com a China, no poder de compra do brasileiro, na redução da dívida pública e na contratação de servidores para atendimento aos principais setores da economia.
1º Mandato (Consolidado) | LULA (2003 - 2006) |
BOLSONARO (2019 - 2022) |
PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) |
14,76% | 1,69% |
CORRELAÇÃO CHINA (% maior que Brasil) |
39,53% (+167%) |
18,21% (+1.080%) |
INFLAÇÃO | 6,04% | 6,26% |
DESEMPREGO | 8,40% | 9,10% |
IBOVESPA (CRESCIMENTO CONSOLIDADO) |
294% | 32% |
SERVIDORES EFETIVOS | 80.430 | 24.178 |
PODER DE COMPRA (SALÁRIO MÍNIMO REAL X ADEQUADO) |
350,00 X 1.564,62 (450%) | R$ 1.212,00 x R$ 6.306,97 (520%) |
DÍVIDA PÚBLICA | 65% | 80% |
Ao analisar os dados, é preciso levar em consideração a crise sanitária causada pela pandemia de covid-19, entre os anos de 2020 e 2021, que afetou a economia no mundo. Também, vale ressaltar que o atraso das medidas para conter o vírus resultou no aumento do isolamento social, que tornou-se instável durante o período crítico, e das medidas de restrições adotadas, que também impactaram a economia.
Segundo levantamento, como já publicamos no JC Concursos, durante o governo do ex-presidente Lula, foi autorizado o preenchimento de 80.430 postos de trabalho no funcionalismo público, no atual governo esse número conta com um total de 24.178 oportunidades.
Essa diferença deixa claro os tipos de gestão adotadas pelos dois candidatos em disputa pela presidência. Lula tem como posição reforçar o fortalecimento do Estado e a valorização do funcionalismo público. Já Bolsonaro, prega a ideia do Estado mínimo, um dos ideais do liberalismo. Contudo, cabe ressaltar que a Dívida Pública Nominal é utilizada como balança para os dados apresentados, ou seja, se a redução dos custos gerou equilíbrio entre aquilo que o governo arrecada e aquilo que ele gasta anualmente. Restando apenas 2 meses para o fim do primeiro mandato Bolsonaro, houve um crescimento de 65% para 80% no envididamento do país.
O influenciador financeiro Thiago Nigro, analisou os índices econômicos dos dois governos, em vídeo publicado no Youtube no último dia 6 de outubro, logo após o primeiro turno das eleições, com o intuito de esclarecer esses números para a população. Durante o primeiro governo Lula a inflação estava em 6,4%, ante 6,26% de Bolsonaro, uma diferença que não é tão grande entre os candidatos.
Já em relação ao desemprego, entre 2003 e 2006, no governo petista o percentual estava em 8,4%. Até o momento, o candidato do PL tem inflação de 9,10%. Em relação à incidência da dívida pública sobre o PIB, Lula fechou o primeiro mandato em 65%. Hoje, segundo o influenciador, no governo Bolsonaro, o índice é de 80%.
Também vale ressaltar que em 2022 foi aprovado o Estado de Calamidade Pública e renúncias fiscais em diversos setores da economia, medida que permite o governo federal superar o teto de gastos sem sofrer penalidades legais como aplicadas na última gestão PT, com a ex-presidenta Dilma Roussef.
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