Programa abriu um processo seletivo direcionado ao atendimento de populações em vulnerabilidade. Serão oferecidas formações específicas para médicos intercambistas
Pedro Miranda Publicado em 04/03/2024, às 21h07
Mais de 1,5 mil médicos, entre intercambistas e brasileiros formados no exterior, deram início nesta segunda-feira ao primeiro módulo de acolhimento e avaliação do programa Mais Médicos. O Ministério da Saúde prevê que esses profissionais vão reforçar o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 624 municípios e 15 distritos sanitários indígenas em todo o país.
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Este ano, o módulo está sendo realizado simultaneamente em Brasília e Belo Horizonte. A etapa, que é presencial e obrigatória para o início das atividades em saúde, inclui os médicos selecionados no edital regular, coparticipação, além dos direcionados para a saúde prisional, indígena e equipes do Consultório na Rua.
Participam do módulo 1.515 médicos brasileiros com diploma do exterior e 82 estrangeiros. Após a conclusão desta fase, esses profissionais se juntarão aos médicos já em atividade pelo programa. Em 2023, o Mais Médicos preencheu 28,2 mil vagas em 82% do território nacional, beneficiando 86 milhões de brasileiros com atendimento.
Um dos feitos destacados pelo Ministério da Saúde é ter alcançado todos os 34 distritos sanitários especiais indígenas (DSEIs) — um avanço relevante diante da desassistência enfrentada por essa população nos últimos anos.
O módulo de acolhimento e avaliação é feito em parceria com o Ministério da Educação, onde os profissionais passam por 160 horas de aulas que abordam legislação, atribuições e funcionamento do SUS, além de protocolos clínicos definidos pelo ministério e pelo Código de Ética Médica.
Em 2024, pela primeira vez, o programa abriu um processo seletivo direcionado ao atendimento de populações em vulnerabilidade, como pessoas privadas de liberdade ou em situação de rua.
Além disso, serão oferecidas formações específicas para médicos intercambistas que trabalharão diretamente com grupos que exigem habilidades específicas, incluindo abordagem em situações que envolvem violência, uso abusivo de álcool e outras drogas, infecções sexualmente transmissíveis (IST), saúde mental, entre outras temáticas.
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