Protestos iniciaram após o ministro do STF, Alexandre de Moraes, decretar a prisão de um indígena apoiador do presidente Jair Bolsonaro
Victor Meira Publicado em 12/12/2022, às 23h20
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decretou a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante. Em resposta a isso, manifestantes invadiram a sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, no Distrito Federal. O indígena é um apoiador do atual presidente Jair Bolsonaro.
A assessoria de imprensa da Polícia Militar do Distrito Federal informou que as manifestações provocaram o fechamento do Setor Hoteleiro Norte e de parte do Eixo Monumental.
De acordo com a PM-DF, os manifestantes atearam fogo em carros e ônibus. Diante da situação conflituosa, a assessoria ainda aponta que as equipes táticas foram acionadas. Além disso, o Batalhão de Choque e a equipe de operações especiais também foram convocadas para controlar a situação.
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A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) afirmou , por meio de nota, que as forças de segurança reforçaram a atuação em toda área central de Brasília "para controle de distúrbios civis, do trânsito e de eventuais incêndios. As ações começaram em frente ao edifício-sede da Polícia Federal (PF), em decorrência do cumprimento de mandado de prisão, e se estenderam para outros locais da região central."
Por conta disso, o trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes e outras vias da região central está restrito, como medida preventiva. Logo, a recomendação é que os motoristas evitem o centro da cidade.
"Destacamos, por fim, que as imediações do hotel em que o presidente da república eleito está hospedado tem vigilância reforçada por equipes táticas e pela tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal", informou a secretaria.
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José Acácio Serere Xavante é acusado de “condutas ilícitas em atos antidemocráticos”. A prisão foi solicitada pelo STF para Supremo pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo prazo de dez dias para garantir a ordem pública.
Segundo a decisão, o cacique Serere, como é conhecido o indígena em questão, teria feito nos últimos dias “manifestações de cunho antidemocrático” em frente do Congresso Nacional, no Aeroporto de Brasília, em um shopping de Brasília e em frente ao hotel onde está o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
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Para a PGR, o cacique “vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indígenas e não indígenas” para cometer crimes, como ameaças de agressão contra Lula e ministros do STF.
*com informações da Agência Brasil
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