Em relação ao câmbio com o dólar e taxa Selic, o mercado financeiro manteve a mesma projeção da semana passada
Victor Meira Publicado em 22/08/2022, às 09h28
O mercado financeiro, através do Boletim Focus do Banco Central (BC ou Bacen), prevê uma inflação mais baixa que a atual para o final do ano. Por outro lado, as principais instituições financeiras do Brasil indicam que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) será maior que o previsto na semana passada.
Em julho, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou uma deflação, quando há queda nos preços, de 0,68%, em que a taxa anualizada ficou em 10,07%.
Entretanto, os economistas entendem que a inflação deverá perder mais força no final do ano e deve fechar em 6,82%, bem abaixo dos 7,02% da semana passada. A projeção de um mês atrás era de 7,30%.
Um movimento semelhante acontece com a projeção de 2023. O mercado financeiro espera um IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 5,33%, menor que os 5,38% da semana passada. Há quatro semanas, o número esperado era mais baixo que o atual, 5,30%.
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Em relação ao crescimento do PIB, os economistas continuam otimistas. Na projeção atual do Boletim Focus, espera-se um aumento de 2,02%, um pouco maior que a expectativa da semana passada, que era de 2%. Na projeção de um mês atrás, era esperado que o PIB crescesse 1,93%.
Em contrapartida, o mercado financeiro está pessimista com o desempenho brasileiro em 2023. Uma vez que eles esperam um avanço de apenas 0,39%, abaixo do 0,41% da semana passada. Há quatro semanas, a expectativa era de um crescimento de 0,49%.
Pela nona semana consecutiva, o mercado financeiro manteve a mesma projeção da taxa Selic, conhecida como a taxa básica de juros da economia. Assim, quanto maior for a Selic, os juros tendem a ser mais caros nos bancos. Segundo o Boletim Focus, a Selic deve encerrar o ano em 13,75%, a mesma taxa que a atual.
Vale lembrar que a taxa Selic é utilizada para amenizar os efeitos da inflação na economia. De forma prática, quando a inflação atinge patamares mais altos, o Copom (Comitê de Política Monetária) tende a aumentar a taxa de juros para segurar o consumo e, assim, diminuir a inflação durante o período.
Por outro lado, a Selic pode ser usada também para promover o aumento do consumo na economia, em que quanto menor for a taxa de juros, maior será o consumo.
Com a inflação menor, o mercado financeiro prevê uma Selic mais baixa em 2023, na casa dos 11%. Contudo, há quatro semanas, a projeção era uma taxa de juros básica em 10,75%.
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Em relação ao dólar, a expectativa não mudou no último mês e ficou em R$ 5,20. Nesta segunda-feira (22), a moeda americana está cotada em R$ 5,18. Inclusive, essa é a mesma projeção para o ano de 2023.
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