Este é o sétimo mês consecutivo com resultados positivos, destacando a resiliência do setor. No acumulado do ano, todos os estados e o DF apresentaram saldo positivo
Pedro Miranda Publicado em 04/09/2023, às 18h32
As micro e pequenas empresas (MPEs) estão desempenhando um papel importante na geração de empregos formais no Brasil, com resultados promissores em julho. De acordo com um levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 79,8% das vagas de emprego com carteira assinada criadas no país em julho foram absorvidas pelos pequenos negócios, totalizando 113,8 mil postos de trabalho de um total de 142,7 mil. Isso equivale a uma média de impressionantes 3.670 vagas formais geradas a cada dia.
O volume de empregos gerado pelas MPEs é quase seis vezes superior ao número de contratações feitas pelas médias e grandes empresas (MGEs), que representaram apenas 13,5% das vagas criadas, totalizando 19.229 empregos. Outros setores, como instituições sem fins lucrativos, pessoas físicas e administração pública, também contribuíram para a geração de empregos, mas em menor escala.
O estudo do Sebrae considera microempresas aquelas com até nove empregados (ou 19 funcionários, no caso de indústria e mineração), enquanto pequenas empresas são definidas como aquelas com até 49 trabalhadores (ou 99 empregados na indústria e mineração).
Este é o sétimo mês consecutivo com resultados positivos, destacando a resiliência do setor. O último mês em que as MPEs tiveram mais demissões do que admissões foi dezembro, quando é comum ocorrer a perda de empregos devido ao término de contratos temporários relacionados às festas de fim de ano.
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Em julho, os setores de serviços, construção e comércio lideraram a abertura de vagas nas MPEs, com 46,7 mil vagas, 26,1 mil vagas e 25 mil vagas, respectivamente. As atividades que mais se destacaram incluem a construção de edifícios, restaurantes e serviços de alimentação, e transporte rodoviário de carga.
Já nas médias e grandes empresas, a abertura de ocupações com carteira assinada concentrou-se principalmente na indústria de transformação, serviços e agropecuária.
No acumulado de 2023, as MPEs continuam liderando a geração de empregos formais, contribuindo com 70,8% dos 1,1 milhão de empregos criados no Brasil, em comparação com os 16,4% gerados pelas MGEs.
O presidente do Sebrae, Décio Lima, atribui esses números à confiança dos pequenos empreendedores no aquecimento da economia. Ele afirma que "a confiança de que o país é capaz de acelerar o ritmo de crescimento" está impulsionando os empreendedores a criarem empregos.
É importante destacar que, tanto em julho quanto no acumulado do ano, todos os estados brasileiros e o Distrito Federal apresentaram saldo positivo de empregos formais em MPEs, destacando a abrangência desse fenômeno econômico em todo o país.
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