Ministra do STF pede inclusão de Bolsonaro na investigação do esquema de corrupção do MEC

MPF divulgou manifestação apontando que Bolsonaro interferiu no caso do ex-ministro do MEC. No domingo (26) o presidente voltou a defender Milton Ribeiro

Pedro Miranda* | redacao@jcconcursos.com.br   Publicado em 27/06/2022, às 19h17

Agência Brasil

O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) poderá ser investigado pelo Ministério Público Federal. O pedido foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta segunda-feira (27) pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia. O documento de autoria do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) pede que Bolsonaro seja incluído nas investigações que apuram o esquema de corrupção no Ministério da Educação (MEC).

Na semana passada, o ex-ministro do MEC foi preso pelos supostos envolvimentos dele nos crimes de corrupção passiva e tráfico de influência em um esquema de liberação de verbas da pasta. Reginaldo Lopes acredita ser necessário apurar se o Bolsonaro esteve envolvido.

Em gravação autorizada pelos ministros, Ribeiro disse que Bolsonaro o informou que a PF iria fazer busca e apreensão. Agora, cabe ao Ministério Público analisar se há indícios de uma investigação sobre o presidente.

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MPF divulgou manifestação apontando que Bolsonaro interferiu no caso do MEC

O Ministério Público Federal (MPF) divulgou na sexta-feira (24) uma manifestação, apontando que Bolsonaro interviu no caso do ex-ministro Milton Ribeiro. O caso foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal com relatório de Cármen Lúcia.

O MPF indica a suspeita dos crimes de violação de sigilo funcional e favorecimento pessoal. Milton Ribeiro foi solto depois que o juiz Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), revogou a prisão preventiva do ex-ministro e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.

Na noite de domingo (26), Bolsonaro voltou a defender o ex-ministro Milton Ribeiro. O chefe da república comentou o caso em entrevista no programa 4x4 no YouTube. Ele disse que, na opinião dele, havia pouca evidência de corrupção no caso do MEC. "E até que aconteceu o dia D, o dia da prisão do Milton. Deixo claro vocês já divulgaram aí que o Ministério Público foi contra a prisão do Milton.

“Não tinha indícios mínimos ali de corrupção por parte dele. E no meu entender, ele foi preso injustamente", destacou Bolsonaro.

Estagiário sob supervisão do jornalista Jean Albuquerque

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