A coordenadora da pesquisa do Monitor do PIB, Juliana Trece, afirma que a economia está voltando para os níveis pré-pandemia
Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br Publicado em 17/05/2022, às 12h26
Apesar da inflação alta, o Monitor do PIB (Produto Interno Bruto) foi atualizado, nesta terça-feira (17), e indica um aumento na atividade econômica no Brasil em 2022. Segundo os dados do FGV-Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), o número do 1º trimestre foi de 1,5% na comparação com o trimestre anterior.
Na passagem de fevereiro para março deste ano, o crescimento foi de 1,8%. Na comparação anual, o aumento do PIB ficou em 2,4% no trimestre e em 4,2% no mês.
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A coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, relata que o crescimento foi motivado pelo desempenho positivo dos serviços, que apresentaram boa recuperação após o forte impacto sofrido durante os piores momentos da pandemia de covid-19.
“Dentre as atividades que compõem o setor, apenas as de outros serviços e de administração, educação e saúde pública ainda não haviam recuperado, no quarto trimestre de 2021, o nível de atividade pré-pandemia da covid-19. Com o resultado do primeiro trimestre deste ano, a atividade de outros serviços ultrapassou o nível pré-pandêmico”, explica Trece.
Apesar dos bons resultados, a pesquisadora alerta que o desempenho foi influenciado pela normalização da atividade econômica. Os dados apontam para um retorno dos níveis pré-pandemia. Entretanto, ela avisa que este efeito está se esgotando e deve impactar na sustentabilidade do crescimento.
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O Monitor do PIB informa que o consumo das famílias subiu 3,4% no 1º trimestre na comparação anual, principalmente pelo consumo de serviços. As principais influências para o desempenho positivo foram os serviços de alojamento, alimentação e domésticos. Já o consumo de bens duráveis caiu 6,7%, o único com queda.
O comércio exterior apresentou um bom resultado, conforme indica o Monitor do PIB. A exportação de bens e serviços cresceu 9,6% em comparação ao mesmo período do ano passado, com destaque para a exportação de serviços (14,7%), bens intermediários (14,3%) e produtos agropecuários (29,5%).
Por outro lado, a importação recuou 1,8%. Os serviços e a extrativa mineral tiveram bom desempenho, mas o resultado negativo foi puxado pela queda na importação de produtos agropecuários e industrializados.
Em relação aos valores, a estimativa da FGV é que o acumulado do PIB no primeiro trimestre do ano some R$ 2,46 trilhões. A taxa de investimento no primeiro trimestre foi 18,4%, na série a valores correntes.
*com informações da Agência Brasil e FGV-Ibre
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