Morte de cão em voo da Gol gera apelo por revisão nas regras de transporte de animais

Incidente causou revolta e indignação, levando o Ministério dos Transportes e a Anac a convocar a Gol para prestar esclarecimentos imediatos

Pedro Miranda   Publicado em 24/04/2024, às 12h52

Reprodução/Instagram/@jfantazzini

Autoridades federais, lideradas pelo Ministro dos Transportes, Ricardo Moraes, e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), anunciaram nesta quarta-feira (24) uma investigação conjunta após a morte de um golden retriever chamado Joca durante um voo entre Guarulhos (SP) e Fortaleza (CE).

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O cão deveria ter sido transportado para Sinop (MT), mas um erro logístico da companhia aérea Gol resultou em seu envio para a capital cearense. A viagem, que normalmente levaria cerca de 2 horas e meia, acabou se estendendo por mais de 8 horas, causando a morte do animal ao desembarcar em Fortaleza.

O incidente causou revolta e indignação, levando o Ministério dos Transportes e a Anac a convocar a Gol para prestar esclarecimentos imediatos. O Ministro Ricardo Moraes expressou solidariedade ao tutor de Joca, João Fantazzini, e reiterou o compromisso de evitar futuros incidentes semelhantes.

Morte do animal também estimulou esforços para revisar as regulamentações sobre o transporte de animais de estimação no país. Um grupo de trabalho conjunto foi anunciado pelas autoridades para desenvolver novas diretrizes que garantam a segurança e o bem-estar dos animais durante o transporte aéreo.

"Estamos empenhados em esclarecer rapidamente as circunstâncias que levaram à morte do cão Joca e em fortalecer as políticas públicas em defesa dos animais no Brasil", afirmou o Ministro Ricardo Moraes durante uma coletiva de imprensa conjunta com representantes da Anac.

Atualmente, o transporte de animais de estimação por via aérea é regulamentado pela Anac, mas as companhias aéreas também possuem suas próprias políticas específicas. Conforme a ANAC, os animais podem ser transportados na cabine de passageiros ou no compartimento de carga, dependendo do seu tamanho, peso, e da política da companhia.

Para o transporte na cabine, geralmente, é exigido que o animal tenha até 10 kg (incluindo a caixa de transporte). A caixa deve ser adequada ao tamanho do animal, permitindo que ele fique em pé e se mova. Já para o transporte no compartimento de cargas, não há um limite de peso específico, mas são necessárias caixas de transporte mais resistentes. 

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