As mudanças emergenciais para conter o desmatamento ilegal. Veja

O Brasil registrou os piores indicadores ambientais nos últimos três anos de governo Bolsonaro, que congelou o Fundo Amazônia. Combater o desmatamento ilegal será prioridade no governo Lula

Mylena Lira   Publicado em 14/11/2022, às 18h37

Divulgação

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou na manhã desta segunda-feira (14) rumo ao Egito para participar da Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), que começou no último dia 6 e seguirá até o dia 19 de novembro. O combate ao desmatamento ilegal no Brasil será uma das prioridades do governo Lula.

O Fundo Amazônia, que financia atividades de proteção ambiental, ficou congelado no governo Bolsonaro, que flexibilizou o desmatamento, reduziu as fiscalizações na floresta e travou a aplicação de multas aos infratores.

O resultado dessas e outras ações foi a piora de todos os indicadores ambientais nos últimos três anos no país. O Brasil registrou o pior desmatamento em 15 anos, a maior taxa de emissão de CO2 em 16 anos e o maior número de focos de incêndio em 10 anos, conforme publicou a BBC News Brasil.

Hoje cedo, Lula publicou em seu perfil do Twitter que o Estado brasileiro vai trabalhar em prol da melhora das condições climáticas. Veja o post:

Bom dia. Hoje viajo ao Egito para participar da COP 27. O combate às mudanças climáticas deve ser um compromisso do Estado brasileiro. Trabalharemos pelo futuro do nosso país e do planeta, que é um só e de todos.

— Lula (@LulaOficial) November 14, 2022

Na Cop27, os países participantes debatem sobre adaptação climática, mitigação dos gases do efeito estufa, impacto climático na questão financeira e colaboração para conter o aquecimento global. Também devem definir aspectos centrais para a implementação do Acordo de Paris, assinado por quase 200 nações em 2015, e dar previsibilidade ao financiamento climático. 

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Desmatamento ilegal não terá vez

Presente na COP27, Marina Silva, eleita deputa federal e cotada para ser ministra do Meio Ambiente do governo Lula, cargo que já ocupou no mandato anterior do petista, disse à BBC News Brasil que "a prioridade é combater sem trégua o desmatamento criminoso, para que se alcance o desmatamento zero".

Quando Lula foi presidente, o desmatamento foi reduzido em 67% graças ao programa de proteção ambiental que ela implementou. Portanto, de acordo com Marina, já sabem o que e como fazer para melhorar os problemas ambientais.

No novo governo Lula, o compromisso com o meio ambiente não será algo exclusivo do ministério voltado ao tema, mas de todos os demais, incluindo o da Economia e da Infraestrutura, de forma transversal. "O Brasil vai recuperar as políticas que já deram certo e atualizá-las, para que a gente consiga o resultado necessário para reverter esse quadro atual", ressaltou Marina Silva.

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Na COP27, a deputada conversou com representantes da Alemanha, Canadá, Reino Unido e Noruega e afirmou que estão dispostos a cooperar com o Brasil. Segundo ela, essas nações já se compremeteram a fazer mais investimentos na Amazônia porque sabem a importância estratégica que o Brasil tem na preservação de florestas e contribuição com o clima mundial.

Ambientalistas e entidades do setor ouvidas pela BBC apontaram cinco mudanças urgentes que devem ser promovidas pelo novo presidente:

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