Foram adquiridas 225 mil novas urnas para a eleição. Isto é quase metade de todas as urnas tradicionais que seriam usadas durante as Eleições 2022
Pedro Miranda Publicado em 25/08/2022, às 17h58
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) exibiu um novo modelo da urna eletrônica em junho do ano passado que será usado nas Eleições 2022. A urna UE 2020 tem um novo design, além de um processador 18x mais rápido que a versão anterior. Seu teclado também foi aprimorado e sua bateria durará até que o aparelho se desgaste.
Foram adquiridas 225 mil novas urnas para a eleição. Isto é quase metade de todas as urnas usadas durante a eleição, 577 mil. O terminal do mesário também passou por mudanças. O TSE substituiu os teclados físicos por telas sensíveis ao toque, o que permite que a votação ocorra enquanto o eleitor é identificado pelo mesário. O objetivo da inovação é que mais pessoas votem ao mesmo tempo ou que haja uma diminuição nas filas.
As urnas eletrônicas foram implementadas pela primeira vez em algumas cidades em 1996. Mas só em 2000, elas foram implementadas em todo o país. Desde então, o dispositivo passou por inúmeras atualizações. Recentemente, a Justiça Eleitoral começou a registrar os eleitores biometricamente, na qual passaram a ser identificados por meio de impressões digitais. Isso foi feito para melhorar a segurança do voto.
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Um dos representantes da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep) Bruno Andrade destaca que, quando há algum problema na urna eletrônica, ela é substituída na mesma hora. Todo o processo tem uma série de garantias de segurança em termos de hardware (equipamento) e software (programa) e todo o ecossistema de votação eletrônica.
“Há uma série de outros programas que circundam o processo de votação na totalização, na transmissão dos resultados e não apenas na urna eletrônica. Todo esse arcabouço de artefatos faz com que a urna eletrônica seja um equipamento seguro e que até hoje a gente não tenha nenhum registro de fraude contra o processo eletrônico de votação desde 1996”, disse.
A cada dois anos, a Justiça Eleitoral organiza o processo eleitoral, intercalando eleições municipais e eleições em nível estadual e federal, como as de 2022. O órgão máximo é o Tribunal Superior Eleitoral, e cada estado tem o seu Tribunal Regional Eleitoral (TRE), com juízes e juntas eleitorais.
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