A pesquisa aponta que mais da metade dos brasileiros, 75,08%, não concordam com a ação dos golpistas em Brasília. Já os eleitores de Bolsonaro estão divididos sobre o ataque
Pedro Miranda Publicado em 11/01/2023, às 18h38 - Atualizado às 18h43
Desde o ataque de golpistas ao Supremo Tribunal Federal (STF), Palácio do Planalto e Congresso Nacional no domingo (8), o país assistiu às consequências das medidas antidemocráticas adotadas por eleitores de Bolsonaro por não aceitarem o resultado das Eleições de 2022.
Nesse cenário, uma pesquisa do instituto Atlas fez um levantamento sobre a percepção do brasileiro em relação a esses atos de vandalismo nos Três Poderes. A pesquisa aponta que mais da metade dos brasileiros, 75,08%, não concordam com a ação dos golpistas em Brasília.
Ao todo, 38% das pessoas entrevistadas acreditam que os atos golpistas se justificam em algum nível. Segundo o relatório, 27,5% dos entrevistados acreditam que os motivos para invasão golpista são parcialmente justificados, enquanto 10,5% a consideram "completamente justificados".
Segundo o Atlas Intel, 54,6% acreditam que a polícia do Distrito Federal colaborou com os vândalos, enquanto 26,1% acreditam que não e 19,3% não souberam responder. Para 48,4% dos brasileiros, o governador afastado da capital do país, Ibaneis Rocha (MDB) foi o responsável pela invasão golpista em Brasília, enquanto 31,4% dizem que não e 20,3% não sabem responder.
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A pesquisa Atlas também fez um levantamento sobre a base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação aos atos golpistas de domingo (8). Os eleitores do líder da extrema direita no país estão divididos em relação à invasão e destruição nos Três Poderes. Entre eles, 38% aprovaram, enquanto
49% se opuseram aos atos terroristas.
Em relação ao decreto de intervenção de Lula no Distrito Federal, 69% das pessoas concordam com a medida adotada pelo presidente, enquanto 25,7% discordam e 5,4% não souberam responder. Divulgada na terça-feira (10), a pesquisa da consultoria Atlas foi feita com 2.200 brasileiros.
De acordo com o site Jota, esses primeiros números mostram que a maioria dos apoiadores do ex-presidente se manifestou contra ela. Essa divisão também deve se refletir na Câmara e no Senado, moderando ativistas da oposição. Isso reforça de forma positiva a imagem política do presidente Lula (PT).
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