A droga era transpotada em um fundo falso de um caminhão dirigido por um paraguaio, abordado pela equipe do 2º Batalhão de Polícia Rodoviária. Saiba mais
MYLENA LIRA | REDACAO@JCCONCURSOS.COM.BR Publicado em 26/05/2022, às 15h56
Mais de 2,3 mil toneladas de maconha foram apreendidas pela Polícia Rodoviária em Marília, no interior do Estado de São Paulo. A droga era transpotada em um fundo falso de um caminhão com placas do Paraguai. O motorista estava sem o cinto de segurança e demonstrou nervosismo ao ser abordado pelos agentes de segurança, que desconfiaram da situação. Além disso, dois dos eixos estavam suspensos, mas o veículo aparentava estar descarregado.
A equipe do 2º Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), então, passou a vistoriar a carreta e descobriu o fundo falso. Os 2.160 tabletes de maconha estavam sujos de graxa para evitar ser farejado por cães. O motorista paraguaio foi preso em flagrante por tráfico de drogas. A mãe e uma criança de três anos de idade que estavam no interior do veículo foram liberadas. A ação foi divulgada nas redes sociais do Governo de São Paulo:
🕵️♀️ Mais de 2,3 mil toneladas de maconha também foram apreendidas no interior do Estado. Por parte da Polícia Civil, uma equipe do 78º Distrito Policial esclareceu um crime de furto qualificado e indiciou a autora. Com isso, um relógio avaliado em R$ 35 mil foi recuperado.
— Governo de S. Paulo (@governosp) May 25, 2022
Desde 4 de maio, o governo paulista deu início à Operação Sufoco, que não tem data para acabar. Inicialmente, a iniciativa visava principalmente combater os assaltos realizados por falsos entregadores de delivery, mas acabou se expandindo e virou uma operação contra todo tipo de criminalidade na rua. O objetivo da operação, segundo o Governdo de SP, é tornar as polícias mais visíveis e aumentar a sensação de segurança da população.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), nesse período, foram registrados:
O efetivo policial nas ruas aumentou e 5 mil para 9,7 mil só na capital de São Paulo após o início da Operação Sufoco. Além da Polícia Rodoviária, a iniciativa envolve as polícias militar e civil. Para colocar a operação em prática, o governo de SP ampliou a quantidade de vagas para os agentes de segurança atuarem em jornada extra, trabalhando nos dias de folga.
O pagamento extra vai exigir o investimento mensal de R$ 41,8 milhões. O repasse será feito por meio das Diárias Especiais por Jornada Extraordinária de Trabalho da Polícia Militar e Civil (Dejem e Dejec) e da Atividade Delegada. Porém, o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) criticou o aumento da jornada de trabalho dos policiais e ingressou com uma ação civil contra a medida.
Ariel de Castro Alves, advogado e especialista em segurança pública e direitos humanos pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), afirmou que a Operação Sufoco é “demagógica e oportunista em ano eleitoral, diante dos clamores populares em torno da insegurança pública”.
A SSP rebateu as críticas e explicou que a adesão é voluntária por parte da Polícia Rodoviária, Militar e Civil. Além disso, dise que há o limite de oito horas por dia e de, no maximo, 10 diárias por mês, sendo obrigatório descanso antes e depois para preservar a saúde física e mental dos agentes.
*com informações da Agência Brasil
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