Ligeira ascensão sucede aumento em outubro, repetindo o mesmo índice de setembro. Especialistas apontam preocupações, como o menor crescimento na economia global
Pedro Miranda Publicado em 05/01/2024, às 17h21
A produção industrial nacional registrou um leve aumento de 0,5% em novembro em comparação com outubro, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de acordo com dados ajustados sazonalmente.
Esta ligeira ascensão sucede um aumento de 0,1% em outubro, repetindo o mesmo índice observado em setembro, enquanto agosto apresentou uma elevação de 0,2%. Em comparação com novembro de 2022, sem ajuste sazonal, a produção industrial teve um incremento de 1,3%, marcando a quarta taxa positiva consecutiva.
No acumulado do ano, a variação da produção industrial foi de 0,1%, e ao longo de doze meses, o setor demonstrou estabilidade, conforme ressaltado pelo IBGE. A análise por categorias econômicas e ramos industriais revela que duas das quatro grandes categorias e 13 dos 25 ramos apresentaram aumentos de outubro para novembro.
Destacam-se as indústrias extrativas, com uma notável elevação de 3,4%, e os produtos alimentícios, registrando um acréscimo de 2,8%.
Entretanto, nem todos os setores experimentaram avanços, pois os produtos farmoquímicos e farmacêuticos sofreram uma queda significativa de 10,2%, enquanto veículos automotores, reboques e carrocerias recuaram 3,1%, representando os piores impactos no período.
A heterogeneidade persistente na indústria não passou despercebida pelos especialistas. Essa diversidade é evidente quando comparada ao período pré-pandemia, conforme analistas. Ao analisar esses dados juntamente com os insumos característicos da construção civil, observa-se que o desempenho da proxy do PIB de investimentos ainda enfrenta desafios.
Especialistas apontam preocupações, como o menor crescimento na economia global e a escassez de demanda na China, fatores que não favorecem as exportações brasileiras. Além disso, destaca que juros elevados e o comprometimento de renda das famílias prejudicam o consumo de bens de maior valor agregado e dependentes de crédito.
No entanto, pondera que o governo tem implementado políticas de estímulo à atividade econômica, podendo potencialmente impulsionar o setor industrial.
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